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Jaraguá do Sul (SC) – A Arena Jaraguá ficou cheia para assistir ao segundo confronto entre Brasil e Sérvia. Cerca de 5.700 pessoas viram a Seleção Brasileira feminina adulta de vôlei superar as adversárias, mais uma vez, por 3 sets a 0 (25/22, 25/22 25/13), em 1h19 de jogo, nesta quinta-feira (28.06).

O terceiro confronto entre as seleções marcará a reinauguração do ginásio do Maracanãzinho. A partida será neste sábado (30.06), às 10h15, com transmissão ao vivo da TV Globo, e valerá pelo primeiro confronto do Desafio Internacional de Voleibol, evento-teste para os Jogos Pan-Americanos. No domingo (01.07), as equipes se enfrentarão novamente, a partir das 12h15.

As maiores pontuadoras do jogo em Jaraguá do Sul foram as opostos Mari, pelo lado brasileiro, e Brakocievic, da Sérvia, ambas com 14 pontos. Logo em seguida, os destaques foram a ponteira Paula (13) e a meio-de-rede Fabiana (12).

Após o jogo, o técnico José Roberto Guimarães avaliou a partida. “Foi bem mais difícil do que a primeira. A Sérvia melhorou um pouco. Foi bem no saque e nos contra-ataques, enquanto nosso time não teve tanta eficiência no sistema defensivo, como no primeiro jogo. Foi importante esse equilíbrio. Precisamos passar por dificuldades para testar a equipe até os Jogos Pan-Americanos”, ressalta o treinador.

O JOGO – A partida foi mais equilibrada do que a primeira. O Brasil abriu vantagem no início e chegou ao primeiro tempo técnico com três pontos de vantagem (8/5). Bem no bloqueio, as brasileiras continuaram à frente, mas a Servia, com o saque forçado, dificultou a recepção brasileira e empatou: 15/15. Após dois bloqueios seguidos – um de Fabiana e outro de Mari – o Brasil marcou 21/16. Apesar de as adversárias encostarem no marcador, a categoria verde-amarela prevaleceu: 25/22.

O Brasil entrou desconcentrado na segunda parcial e a Sérvia abriu 4/0. O técnico José Roberto Guimarães solicitou tempo, orientou as jogadoras e a equipe voltou a mostrar ritmo e chegou à virada (7/6), no bloqueio de Paula Pequeno. A partir daí, as seleções revezaram-se à frente no placar. No ataque de Nikolic, as européias marcaram 19/16. Com três pontos seguidos da meio-de-rede Walewska e um de ataque pelo fundo de Paula, o Brasil virou novamente: 20/19. O último ponto da parcial foi em um ataque de Mari, que explorou o bloqueio adversário (25/22).

O Brasil ditou o ritmo no terceiro set do início ao fim. Após uma cortada de Nesovic para fora, o time verde-amarelo abriu seis pontos de vantagem (9/3). Na segunda parada técnica, os brasileiros ampliaram a diferença (16/8). Para delírio da torcida, as brasileiras administraram o placar e fecharam a partida numa jogada combinada entre Fofão e Fabiana: 25/13.

Set a set, Zé Roberto mostrou sua visão do confronto. “Na primeira parcial nosso saque e nosso passe não funcionaram. Nossas jogadas pelo meio não funcionaram e, com isso, os ataques pelas extremidades ficaram comprometidos. No segundo set, a Sérvia abriu forçando o saque. O Brasil cometeu algumas falhas na cobertura dos ataques. No final, o time conseguiu se estabilizar na recepção e fechou o set. A terceira parcial jogamos bem. O saque e o passe melhoraram e ampliamos a diferença no placar. O destaque foi a distribuição de bolas”, analisa o treinador.

A oposto Mari analisou o desempenho de Brasil e Sérvia no amistos “A Sérvia realmente atuou melhor desta vez, mas já esperávamos por essa reação delas, que sentiram o fuso-horário no primeiro amistoso. O importante é que estamos nos preparando para o Pan e quanto mais difícil for a partida, melhor. Estamos no caminho certo e trabalhando muito. Nossa seleção é bastante versátil”, afirma.

A ponteira Paula Pequeno ressaltou que o Brasil já esperava por uma partida mais equilibrada. “Imaginávamos que a Sérvia viria mais bem preparada, forte e competitiva. E foi o que aconteceu. Sabíamos que a tendência era essa. No primeiro amistoso, elas ainda estavam sob o efeito do fuso–horário. Tivemos mais latos e baixos do que na primeira partida. Isso acabou sendo proveitoso, pois passamos por mais momentos difíceis do que no outro jogo. É aí que precisamos reverter a situação e melhorar”, explica a ponteira, para depois falar sobre a satisfação de atuar no Rio de Janeiro e sentir o clima dos Jogos Pan-Americanos.

“O coração de cada jogadora vai bater mais forte, o que é um aspecto positivo. Afinal, vamos sentir o gostinho de atuar dentro de casa, no palco do Pan, e com o apoio da torcida. Tudo estará a nosso favor”, diz Paula.

Para o treinador sérvio, Zoran Terzic, sua equipe evoluiu e ajudou o Brasil. “Fizemos um jogo bem melhor do que o primeiro. E isto é bom para todos. Para a Sérvia e para o Brasil, que está se preparando para os Jogos Pan-Americanos. Estamos satisfeitos de poder ajudar o melhor time do mundo a se preparar para uma competição tão importante e que será realizada dentro da sua casa”.

ANÁLISES DAS JOGADORAS

ÉRIKA, ponta – “Elas estiveram bem melhores nessa segunda partida e nós rendemos um pouco abaixo do que na primeira. Tivemos dificuldades, indefinição de bolas, mas estes amistosos servem para isso mesmo. Precisamos passar por situações difíceis, complicadas e superá-las”.

THAISA, meio-de-rede – “A outra partida foi atípica. A Sérvia hoje mostrou mais jog defendeu e bloqueou bem. A apresentação das jogadoras foi bem melhor. A partir desse jogo, ganhamos mais ritmo e uma preparação mais forte para o Pan-Americano”.

FABI, líbero – “A Sérvia na partida de hoje foi mais consistente, se apresentou melhor e nos deu mais trabalho. Mas quanto mais resistência elas apresentarem, melhor para nós. Isso nos ajudará a chegar ao Pan na nossa melhor forma”.

FOFÃO, levantadora – “A Sérvia exigiu mais do nosso time. Tivemos mais dificuldades, principalmente na recepção. Ainda estamos sentindo a falta de ritmo. Mas é isso mesmo. Com o tempo, vamos ganhar mais conjunto. Temos pouco tempo até a estréia nos Jogos Pan-Americanos e precisamos nos preparar da melhor forma”.

WALEWSKA, meio-de-rede – “A Sérvia ofereceu mais resistência e isso foi muito favorável para o nosso time. Estou na torcida para que a Sérvia continue crescendo e nos causando dificuldades. Precisamos enfrentar um adversário consistente para testarmos e prepararmos a equipe para o Pan-Americano”.

JAQUELINE, ponteira – “Na primeira partida, a Sérvia ainda estava sentindo o fuso-horário. Na partida de hoje, mostrou que quer ganhar do Brasil. O segundo set foi bastante complicado. Mas nosso time está em busca de entrosamento. Eu, a Fofão e a Walewska chegamos há pouco tempo. Todo o time precisa melhorar e crescer a cada partida até o Pan”.

EQUIPES

BRASIL – Fofão, Mari, Paula, Jaqueline, Fabiana e Walewska. Líber Fabi. Entraram: Thaisa, Sheilla, Carol Albuquerque e Érika.Técnico: José Roberto Guimarães.

SÉRVIA – Eric, Simanic, Brakocevic, Nesovic, Petrovic e Nikolic. Líber Cebic. Entraram: Ninkovic, Drpa, Ognjenovic e Vesovic.Técnico: Zoran Terzic.

Fonte: CBV