Vôlei de Quadra
Publicado 15 de julho de 2005
Compartilhar Sendai – Não existe jogo fácil nessa fase final do Grand Prix. Mas, talvez,
a partida deste domingo (17.07), às 3h05 (de Brasília), no Sendai City
Gymnasium, seja a mais complicada para a seleção brasileira feminina.
Afinal, o adversário é a China, atual campeã olímpica, equipe para a qual o
Brasil perdeu por 3 sets a 0 na fase de classificação da competição, e que
ainda tem chances de chegar ao título, mesmo que remotas, devido às
surpreendentes derrotas, seguidas, para Cuba e Itália. A TV Globo transmite
ao vivo.
No único tropeço da equipe de José Roberto Guimarães em 2005, que pôs fim a
uma invencibilidade de 14 jogos, o Brasil não soube como anular as chinesas,
que venceram com parciais de 25/22, 25/21 e 25/20. Logo após aquela partida,
Zé Roberto chegou a comentar que “a equipe, que pecou pela ansiedade, perdeu
grandes chances no jogo, principalmente no início, quando a China estava nos
respeitando demais e jogava até com um certo medo”. De lá para cá, o Brasil
jogou mais cinco partidas. Venceu todas.
E é esse amadurecimento que o técnico espera ver desta vez contra a China,
num jogo de importância muito maior do que aquele em Macau.
“Não conseguimos quebrar o passe da China naquele jogo. Só fizemos com que a número 7 (Zhou)
atacasse menos, o que foi pouco. Em compensação, a número 3 (Yang) e as
meios tiveram um percentual alto de ataque, o que deu a tônica da partida.
Mas nossa equipe ganhou corpo e confiança desde então, está um pouco mais
rodada, e vamos com força em busca dessa vitória”, diz.
Zé Roberto observou de perto as derrotas da China para cubanas e italianas. prendeu um pouco mais sobre os segredos do voleibol chinês e pretende tirar
proveito disso. “Nosso saque precisa ser de risco. A única maneira de
enfrentar as chinesas é fazer com que elas joguem com bolas altas. A China
não tem um ataque tão forte quanto o de Cuba, mas suas combinações ofensivas
são muito acertadas, bem feitas. Daí a importância de se forçar o saque para
quebrar o passe e as bolas não chegarem corretas às mãos da Feng
(levantadora)”.
A China já perdeu duas vezes para a Itália neste Grand Prix, ambas por 3 a
0. E foi derrotada por Cuba por 3 a 2 depois de ter vencido com folga os
dois primeiros sets. “Foi um jogo equilibrado contra as cubanas. Já contra
as italianas, à exceção da número 5 (Chu), o time todo jogou mal. A Itália
faz um jogo que se encaixa com o da China e, além de ter jogado bem, contou
com a ajuda de Cuba, que venceu as chinesas na véspera e tirou a confiança
delas. Antes do jogo, dava para ver o abatimento na cara das jogadoras”,
relata Zé Roberto.
Fonte: CBV
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