Vôlei de Quadra
Publicado 27 de junho de 2005
CompartilharTóquio – Um espetáculo entre duas diferentes escolas de voleibol. Assim pode ser resumida a bela vitória da seleção brasileira feminina neste domingo (26.06), no Yoyogi National Stadium, em Tóquio. De virada, o Brasil superou o Japão por 3 sets a 2 (17/25, 17/25, 25/17, 25/21 e 20/18), em 2h16, fechando de forma invicta a primeira etapa do Grand Prix. E pela terceira partida consecutiva Jaqueline terminou como a maior pontuadora, agora com 25 acertos.
Um outro espetáculo à parte foi dado antes mesmo da execução dos hinos nacionais. As jogadoras foram apresentadas uma a uma, num grande show pirotécnico, e cada uma entrava em quadra com uma mini bola de vôlei para arremessar para o público. As brasileiras levaram os japoneses ao delírio ao trocarem as mãos pelos pés, chutando as bolas para a torcida. A líbero Fabi chegou a fazer algumas embaixadinhas antes de lançar a sua.
Em quadra, pelo menos nos dois primeiros sets, quem fez a torcida vibrar foi a equipe da casa. Depois de um jogo igual até a metade do primeiro set, o Brasil começou a errar demais e não mostrou poder de reação. As bolas simplesmente não mais caíam do lado japonês, no melhor estilo asiático de se defender. O segundo set foi uma reprise. E no intervalo obrigatório de dez minutos entre o segundo e o terceiro set foi essencial.
Com a levantadora Marcelle, a ponta Sassá e a oposto Renatinha saídas do banco, o técnico José Roberto Guimarães conseguiu o ajuste que faltava. Nas palavras de todas as jogadoras brasileiras ao final do jogo, a equipe passou a jogar com alegria, garra, confiança e determinação. Com estes ingredientes, e outras alterações táticas, principalmente o saque mais curto, o que quebrou as variações de ataque do Japão, o Brasil mudou a história do jogo.
Venceu o terceiro e o quarto sets, levando a partida para um emocionante tie-break. Depois de chegar a abrir três pontos de vantagem (10 a 7), a seleção brasileira perdeu a concentração e deixou o Japão não só virar como obter dois match points para encerrar a partida (14 a 12). Foram precisos mais um momento de superação, a igualdade no placar e o jogo de paciência para finalmente fechar o set em 20 a 18, numa “marretada” de Renatinha.
Zé Roberto faz a sua análise. “Eu já tinha dito que as combinações de ataque do Japão estão melhores, mais rápidas e mais precisas. No primeiro e segundo sets, não conseguimos quebrar o passe delas. A partir do terceiro set, passamos a sacar e a defender melhor. O que nos ajudou muito foi o nosso saque curto, o que diminuiu a força de ataque do Japão. Quando estávamos sacando longe, o passe delas estava saindo preciso. É uma equipe que necessita de espaço para poder jogar”.
O técnico não é de fazer análises individuais, até por que está constantemente focando a equipe, a necessidade de se formar um grupo em que todas são igualmente importantes. Porém, fez um aparte. “Renatinha e Sassá entraram muito bem, deram um equilíbrio na defesa e não partiram para decidir o jogo na primeira bola. Era preciso mexer no ataque para angular mais a bola. E a Jaqueline foi uma das que conseguiram manter uma regularidade nessa etapa”.
SEGUNDA ETAPA – Nesta segunda-feira (27.06), a delegação brasileira segue para Macau, onde jogará a segunda etapa do Grand Prix pelo Grupo E, com China, Polônia e Alemanha. O primeiro jogo será contra as polonesas, no dia 1o de julho; a segunda, contra as alemãs (02.07); e a terceira, contra as chinesas (03.07). Todas as partidas serão disputadas no Macau Forum.
Quem se integra ao grupo em Macau é a meio-de-rede Kátia, que tem 26 anos, 1,82m e 64 Kg. Ela foi chamada para substituir Fabiana, que fraturou o quinto metatarso do pé direito. “A Kátia é uma jogadora rápida, faz vários tipos de bola. Tem um bom ataque e é mais uma meio que chega para ajudar a compor a rede”, afirma Zé Roberto.
Em São Paulo, Kátia, noiva do oposto Anderson da seleção brasileira masculina, que disputa a Liga Mundial 2005, mostrava-se ansiosa em poder ajudar o grupo. “Serão muitas horas de viagem. Não vejo a hora de chegar lá para poder ajudar o grupo da melhor forma possível. Para mim, isso foi ótimo, mas sinto muito pelo que aconteceu com a Fabiana. Sei que ela está em boas mãos e logo estará recuperada para se unir ao grupo”, diz a meio-de-rede.
Brasil: Carol, Sheilla (11), Jaqueline (25), Paula Pequeno (2), Valeskinha (7) e Carol Gattaz (12). Líbero: Fabi. Entraram: Marcelle (4), Raquel (2), Sassá (11) e Renatinha (15).Técnico: José Roberto Guimarães
Japão: Takeshita (1), Takahashi (19), Sugayama (20),Sugiyama (10), Otomo (19) e Horai (9). Líbero: Sakurai.Entraram: Onuma, Itabashi e Araki.Técnico: Shoichi Yanagimoto.
Fonte: CBV
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