Vôlei de Quadra
Publicado 13 de outubro de 2003
CompartilharSão Paulo – A história de uma das mais tradicionais equipes do vôlei brasileiro começou com um simples convite. Em 1989, quando o desconhecido time de Suzano disputava o acesso à Divisão Especial, o técnico Milton Serra convocou Ricardo Navajas, treinador da equipe juvenil, para disputar as finais como levantador, já que o titular Rafael tinha sofrido uma lesão.
Alguns meses depois de encerrar carreira, Navajas voltou às quadras e o time da Grande São Paulo obteve o acesso. Serra se transferiu para o Palmeiras e o ex-levantador foi promovido a técnico do time principal. Hoje, 14 anos e uma infinidade de conquistas estaduais, nacionais e internacionais depois, o treinador continua no comando do Suzano, que luta pelo nono título do Campeonato Paulista Masculino de Vôlei.
“Suzano deixou de ser só uma cidade e se tornou uma marca no vôlei, assim como Franca é no basquete. Estamos no mesmo caminho, tanto que hoje temos uma equipe disputando o Campeonato Carioca, representando o Tijuca Tênis Clube”, conta Navajas.
Na equipe de Suzano atuaram alguns dos maiores jogadores do País, como Maurício, Giovane, Giba, Marcelo Negrão, Ricardinho, Max, Marcelinho, Escadinha e Rodrigão, entre outros. Também passaram pela equipe os russos Rouslan Olikhver e Yuri Filipov, o montenegrino Vladimir Grbic, o americano Alan Ivie. Suzano conquistou a Superliga em 96 e duas vezes a Liga Nacional, em 93 e 94, além de oito Paulistas (92 a 95, 97 a 99 e 2002).
Para Navajas, que faz questão de negociar pessoalmente os patrocínios do time e contratos de jogadores, o principal problema enfrentado nesse período foi com as questões políticas. Segundo o treinador, os administradores públicos se ressentem da atenção dada aos esportistas.
“Tudo que envolve política acaba virando um problema. Os políticos ficam com ciúmes dos jogadores, querem aparecer mais do que eles. Como no Brasil o esporte é uma das principais referências do povo, o esportista se torna um formador de opinião. Sempre aparece alguém para atrapalhar o que está bom”, reclama o técnico.
Nas semifinais do Paulista, o Suzano, que terminou a fase de classificação em primeiro, com 13 vitórias em 14 jogos, enfrenta o Shopping ABC/Santo André, quarto colocado. Nos dois confrontos na fase de classificação, a equipe de Navajas venceu por 3 a 0. Para o treinador, o fato de o adversário não aparecer entre os favoritos não diminui a dificuldade.
“O Santo André cresceu muito e aderiu ao sistema de jogo do Banespa, com saques fortes o tempo todo. Isso se deve ao fato de eles terem contratado vários jogadores formados no Banespa. É uma equipe que está procurando chegar entre os primeiros, e que às vezes não é muito respeitada. Eles têm muita tradição, por causa da Pirelli, que foi uma das grandes equipes do Brasil”, analisa.
Milton Alves, José Eduardo Martins e Fábio Fleury – Local da Comunicação
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