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Vôlei Futuro é o estreante na decisão do quarto turno

13 mar 2009

 


 


Fonte: CBV


 


Rio de Janeiro – O título do quarto turno da Superliga Masculina de vôlei 08/09 será decidido por dois dos times mais jovens do campeonato. De um lado, estará a Cimed/Brasil Telecom (SC) que, com quatro anos de existência, já conquistou três turnos, disputou três finais da competição e, por duas vezes, sagrou-se campeã (05/06 e 07/08). Do outro, o Vôlei Futuro (SP), com três anos de vida, lutará para vencer a primeira decisão de turno de sua curta história.


 


Com a melhor campanha do quarto torneio, o time catarinense terá o mando de quadra da final, que será disputada neste sábado (14.03), às 21h45, no ginásio Capoeirão, em Florianópolis. A partida terá transmissão ao vivo do canal Sportv.


 


A Cimed/Brasil Telecom venceu o primeiro turno, perdeu a decisão do segundo torneio e voltou a ganhar a terceira fase. Nas três ocasiões, o adversário foi o Vivo/Minas (MG). Agora, no quarto turno, o time catarinense vai em busca de mais uma conquista. Além de jogar em casa, o retrospecto do confronto com o Vôlei Futuro coloca a Cimed/Brasil Telecom como a favorita ao título: na história das disputas entre as equipes, são seis jogos, com seis vitórias do clube de Santa Catarina.


 


Esses fatores, no entanto, não são suficientes para desanimar o técnico do time paulista, Cezar Douglas Silva.


 


“Estamos muito motivados. Conseguimos mudar um pouco a história desta Superliga ao quebrarmos a hegemonia entre Cimed/Brasil Telecom e Vivo/Minas nas finais de turno. Agora, temos que corrigir os nossos erros e estudar bastante o adversário para conseguirmos sair com o título”, explica Cezar Douglas.


 


O técnico do Vôlei Futuro ensina o que pode ser a receita do sucesso. “Nos dois últimos turnos fomos mais agressivos e determinados. Este comportamento não pode mudar para a final. Foi isso que fez com que conseguíssemos a melhor colocação da nossa história”, afirma Cezar, referindo-se ao sexto lugar na classificação geral da Superliga.


 


Pelo lado da Cimed/Brasil Telecom, o técnico Marcos Pacheco rejeita qualquer tipo de favoritismo. “Uma decisão é sempre diferente dos outros jogos. Não há favoritos. Nós lutamos muito para chegar até aqui, mas o adversário se classificou para a final com todos os méritos, fez uma boa campanha”, afirma Pacheco, que espera uma partida difícil.


 


“O Vôlei Futuro vai entrar para buscar a vitória. Vamos jogar contra um time bem treinado e bem estruturado, não vai ser fácil. Além de ser uma equipe de alta qualidade, os jogadores estão motivados”, diz o treinador.


 


Independentemente do resultado desta decisão, Cimed/Brasil Telecom e Vôlei Futuro já estão com suas posições garantidas e assegurados nos playoffs. Consolidada na primeira colocação, com 48 pontos, a equipe catarinense enfrentará a Fátima/Medquímica/UCS (RS) nas quartas-de-final. Já o clube paulista, na sexta posição, com 33 pontos, terá a Sada Cruzeiro Vôlei (MG) como o adversário da próxima fase.


 


Os números


 


Comandada pelo técnico Marcos Pacheco, a Cimed/Brasil Telecom lidera as estatísticas de dois fundamentos: ataque (35,66%) e levantamento (34,48%). Além disso, a equipe catarinense é a segunda mais bem posicionada na defesa (18,64%) e está em terceiro no saque, com 5,09% de aproveitamento. Em contrapartida, o Vôlei Futuro tem na recepção o seu melhor fundamento. O time treinado por Cezar Douglas Silva é o quarto mais bem posicionado neste ranking, com 51,65% de eficiência.


 


Nas estatísticas individuais, destaque para o oposto Wallace, do time paulista. Nas últimas partidas da fase classificatória, o atacante superou Leandrão, da Sada Cruzeiro Vôlei e, agora, é o maior pontuador desta Superliga, com 358 acertos. O atacante aparece ainda na segunda colocação no saque (9,24%) e em oitavo lugar no ataque (31,18%).


 


Pela Cimed/Brasil Telecom, Bruninho lidera o ranking de levantamento, com 41,05% de eficiência. Já o ponteiro Thiago Alves ocupa a primeira posição no ataque (34,67%) e a quarta no saque (8,59%). O central Lucas aparece em terceiro lugar no saque (8,59%) e em sétimo no bloqueio (22,14%).


 


O novo momento do voleibol brasileiro


 


Além de serem dois dos times mais novos da Superliga, Cimed/Brasil Telecom e Vôlei Futuro apresentam outros pontos em comum. A aposta em um mesmo perfil de jogadores é um exemplo disso. Ambas as equipes optam por trabalhar com atletas jovens e, portanto, apresentam baixa média de idade.


 


“Os jogadores novos, em geral, são mais motivados. Possuem disposição de sobra e buscam um espaço no cenário nacional. Trabalho com um elenco jovem, mas que é guerreiro e tem qualidade”, diz Cezar Douglas, que ressalta também os pontos negativos desta aposta.


 


“Esses atletas em início de carreira não possuem tanta vivência e maturidade. Não têm experiência em torneios internacionais, por exemplo. Nada que mais dois ou três anos não resolva”, explica o técnico do Vôlei Futuro, equipe com média de idade de 22 anos.


 


Marcos Pacheco também possui a sua teoria a respeito da ascensão de novos times e jogadores jovens.


 


“Esta fase de renovação pode representar uma transição no voleibol brasileiro. Há uma boa safra de jogadores jovens buscando um espaço. E eles estão conseguindo o objetivo. Além disso, o sucesso de equipes ‘recém-criadas’ traduz um novo momento, uma nova geografia do vôlei do país”, opina Pacheco. O time titular da Cimed/Brasil Telecom apresenta média de idade de 24,5 anos.


 


EQUIPES:


 


CIMED/BRASIL TELECOM – O técnico Marcos Pacheco deve entrar com: Bruninho, Théo, Thiago Alves, Renato, Lucas e Éder. Líbero – Mário Jr.


 


VÔLEI FUTURO – No último jogo, o técnico Cezar Douglas Silva começou com: Gelinski, Wallace, Carlão, Baroni, Junior e Robson. Líbero – Daniel.


 


 


 

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