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Vôlei Bauru contrata bicampeã olímpica Paula Pequeno

Publicado 05 de junho de 2017

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Bauru (SP) – O Vôlei Bauru
vai contar com um reforço de peso para a temporada 2017/2018: a ponteira Paula
Pequeno, atleta com carreira consagrada por vários títulos em clubes e também
pela seleção brasileira, com destaque para o bicampeonato olímpico.

 

Com 1,84m de altura, 74 kg
e 35 anos, Paula Renata Marques Pequeno, que defendia o Brasília desde 2013,
destaca estar bastante animada em encarar um novo desafio. “Bauru hoje é um dos
times com condições de brigar com os times mais tradicionais, além de ter uma
comissão que eu gosto, admiro e temos uma relação de amizade muito antiga. Então,
o respeito será recíproco, sem dúvida”, ressalta a ponteira.

 

Paula Pequeno também
enfatiza ter as melhores expectativas para a nova temporada agora vestindo a
camisa do Vôlei Bauru. “O time está bem montado e temos uma ótima estrutura de
trabalho. Vai depender realmente de trabalho duro por conta de todos. Espero de
coração que as escolhas tenham sido as melhores. Agora é trabalhar e plantar
boas sementes para colher no futuro”, frisa a bicampeã olímpica.

 

O técnico Marcos Kwiek
elogia as qualidades de Paula Pequeno e ressalta que ela poderá auxiliar muito
a equipe. “É uma jogadora bem experiente com passagens vitoriosas pela seleção
brasileira e em vários clubes grandes do Brasil fazendo várias finais de Superliga.
Ela vem somar muito ao nosso projeto em experiência, tem liderança nata e creio
que vai se identificar muito com a torcida bauruense. Ela é uma ponteira
passadora que tem excelente bloqueio, boa defesa e pode nos auxiliar muito. É
uma atleta que conheço desde a época do infanto e que tenho carinho especial
por ela. Vai ser um prazer trabalhar com ela novamente”, destaca o treinador.

 

O início

 

Paula Pequeno começou sua
trajetória no vôlei na infância, por influência da mãe e do irmão. Diferentemente
do que muitos podem imaginar, a vida de Paula Pequeno no vôlei começou como
torcedora. Aos 12 anos, ela assistia a uma partida de seu irmão Cláudio e, da
arquibancada, sua presença no ginásio não passou despercebida pelo técnico
Jorge Gabiru, que, impressionado com sua altura, a convidou para uma seletiva
da Associação dos Servidores do Banco Central (ASBAC), em sua terra natal Brasília,
dando início à sua trajetória de sucesso.

 

O contato de Paula com o
esporte, porém, já havia acontecido algum tempo antes, ainda dentro de casa. O
vôlei sempre esteve enraizado em sua família, começando por sua mãe Gercione
Leite Marques, atacante do time de vôlei do Ministério da Educação/Capes/MEC,
que sempre levava os filhos para os jogos de final de semana.

 

Além de se espelhar na mãe
e no irmão para seguir na carreira, Paula teve o incentivo e apoio do tio Max,
outro aficionado por esportes que foi fundamental para a consolidação de sua
carreira, já que a levava para os treinos e acompanhava todos seus jogos desde
o início.

 

Em 1994, aos 12 anos, começou
a atuar pela ASBAC e, aos 13, já estava na seleção brasiliense de vôlei. Em
1996, ainda em Brasília, recebeu convite para testes nas equipes Nestlé,
Pinheiros e BCN, em São Paulo. A mudança para São Paulo aconteceu no ano
seguinte, quando entrou para o BCN. No mesmo ano, mudou para o Nestlé, atuando
ao lado da jogadora Leila. Em 1998, aos 16 anos, Paula foi para o Dayvite, onde
conheceu o técnico José Roberto Guimarães e dividiu as quadras com Ana Moser,
de quem já era fã incondicional. No ano seguinte, Paula retornou para o BCN,
que, mais tarde, passaria a se chamar Finasa/Osasco, que deu origem anos mais
tarde ao Sollys/Osasco, equipe que ficaria marcada na história de Paula para
sempre.

 

Clubes e seleção

 

A trajetória de Paula
Pequeno é vitoriosa nos clubes e na seleção brasileira. A ponteira fez história
no Osasco, equipe que passou 11 anos de sua carreira e conquistou o
tricampeonato da Superliga e o octacampeonato paulista. Além do ASBAC, Nestlé,
Dayvit, Osasco e Vôlei Futuro, Paula também jogou fora do país em duas
oportunidades: no Zarechie Odintsovo, da Rússia, de 2009 a 2010, onde foi campeã
russa, e no Fenerbahçe, da Turquia, de 2012 a 2013, ano em que fez sua “volta
para casa” para defender o Brasília na Superliga.

 

Já pela seleção sua trajetória
começou quando tinha 15 anos, época em que treinou por seis meses com a seleção
brasileira juvenil. Mas a estreia com a “amarelinha” ocorreu aos 17 anos. Aos
18, recebeu sua primeira medalha como vice-campeã mundial. Em 2001, aos 19
anos, sagrou-se campeã mundial na categoria sub-20 e, no ano seguinte, começava
a figurar na seleção principal.

 

Com carreira meteórica e
apontada como a grande esperança do Brasil nas Olimpíadas de Atenas, em 2004,
Paula Pequeno se preparava para estrear na mais importante competição do
planeta quando uma grave lesão no joelho esquerdo a privou do sonho olímpico
daquela vez.

 

A volta por cima de Paula
após a lesão começou com os títulos do Grand Prix com a seleção em 2005 e 2008,
mas não parou por aí. O ciclo olímpico de Pequim chegava a seu final com a
expectativa dos jogos no país asiático em 2008, quando as brasileiras entraram
como favoritas, mas ainda traumatizadas com a derrota na final de quatro anos
antes, ainda sem Paula Pequeno.

 

Com campanha quase
perfeita, porém, o time liderado por José Roberto Guimarães não deu chance para
as adversárias, perdeu apenas um set na competição e chegou à tão sonhada
medalha olímpica na China. O grande destaque daquele time foi justamente Paula
Pequeno, eleita a MVP dos Jogos Olímpicos naquele inesquecível ano na carreira
da ponteira, que ainda marcou presença entre as dez melhores atletas da competição
em três fundamentos: ataque, bloqueio e defesa.

 

Depois de ganhar a medalha
de ouro e ser MVP nos jogos olímpicos de Pequim-2008, Paula Pequeno chegou a
Londres-2012 como uma das líderes e mais experientes da equipe comandada por
José Roberto Guimarães que faturou o bicampeonato olímpico em Londres.

 

Renovações e reforços

 

Além de Paula Pequeno, o Vôlei
Bauru já acertou a contratação para a temporada 2017-2018 da oposta Ariane, um
dos destaques da equipe do BRH-Sulflex/Curitibano, vice-campeã da última edição
da Superliga B, das centrais Andressa Picussa, ex-São Caetano, e Gabi Martins,
ex-São José dos Pinhais, da ponteira Gabi Candido, ex-Sesi, e da levantadora Ju
Carrijo. O time também já definiu as renovações de contrato das ponteiras Dayse
e Carol Westermann, das centrais Angélica e Valquíria, das levantadoras Juma e
Letícia e da líbero Arlene, que recuou da ideia de se aposentar das quadras.

 

Reapresentação

 

O elenco do Vôlei Bauru se
reapresenta no próximo dia 19 de junho, segunda-feira, no Ginásio Panela de
Pressão, em horário ainda a ser definido, para o reinício dos treinos visando a
temporada 2017-2018.


 

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