Vôlei de Quadra
Publicado 05 de abril de 2013
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Fonte: CBV
São Paulo – Um dos grandes clássicos
da história do voleibol brasileiro terá mais um capítulo decisivo na manhã do
próximo domingo (07.04). Unilever (RJ) e Sollys/Nestlé (SP) estarão frente a
frente pela 69ª vez na história da Superliga feminina, desta vez na final da
edição 12/13. O ginásio do Ibirapuera será o palco da da partida que acontecerá
às 10h e terá transmissão ao vivo da TV Globo e do SporTV.
O confronto promete equilíbrio,
disputa e alto nível técnico. Afinal, em quadra estarão algumas das estrelas
que brilharam com a seleção brasileira na conquista de medalhas de ouro em
Jogos Olímpicos como Sheilla, Thaisa, Jaqueline, Adenízia e Fernanda Garay, do
time paulista, e Fabi, Fofão, Valeskinha e Natália, da equipe carioca.
O retrospecto da atual
temporada demonstra o equilíbrio. Nos dois jogos realizados da Superliga 12/13,
uma vitória para cada lado. Nas últimas nove finais, a Unilever conta com uma
pequena vantagem, já que tem cinco títulos e o Sollys/Nestlé, três. O grande
conhecimento mútuo após tantas finais não é considerado benefício por nenhum
dos dois times.
O técnico Bernardinho afirma que,
mesmo com a repetição do confronto, cada final é diferente e destaca o adversário
como favorito ao título.
“As equipes mudam, as
jogadoras trocam de times e isso faz com que tenhamos grupos diferentes. A emoção
e o significado da decisão da final são sempre diferentes da anterior. Já
tivemos mais paridade de condições em outras finais. Agora, a equipe delas é a
principal do Brasil e talvez do mundo. Nessa decisão, vamos trabalhar para
fazer um bom jogo e, quem sabe, conseguir um resultado surpresa”, disse
Bernardinho.
Em sua primeira final de
Superliga, a ponteira Gabi, de 18 anos, é titular da equipe mais vitoriosa da
competição, com sete títulos. Mas a jogadora garante que tenta não permitir que
a emoção interfira no seu desempenho
“Claro que bate um pouco
de ansiedade. Estou vivendo um sonho de jogar um clássico por uma grande equipe
em uma final de Superliga. As meninas que já passaram por isso estão me
ajudando muito e estou me preparando da melhor forma possível para ficar focada
apenas na partida”, ressaltou Gabi.
A pouca idade e experiência de
Gabi contrastam com o currículo recheado de títulos da líbero Fabi. A jogadora
bicampeã olímpica acredita que o confronto será marcado pelo equilíbrio.
“Será um grande jogo. É
uma rivalidade de muito tempo. Tenho grandes amigas do outro lado da rede como
a Sheilla, mas na hora da partida é diferente. A ansiedade, neste momento, é
forte. O voleibol é jogado dentro de quadra e tudo pode acontecer numa
final”, disse a líbero.
Pelo Sollys/Nestlé, o técnico
Luizomar de Moura destaca que não há favoritismo, mesmo quando se trata de uma
equipe com cinco campeãs olímpicas.
“Todos batalharam muito
para estar aqui e tem um ditado que diz que o jogo é jogado. Agora, nesse
momento, há uma guerra psicológica de qual time é melhor, qual é o favorito e
tudo isso só vai acabar no domingo, às 10h, quando o árbitro apitar o início do
jogo. Muito se fala que o nosso time tem a base da seleção brasileira e a
valorização que é dada a nossa equipe me deixa feliz”, disse o treinador
do time de Osasco.
Vinda da Unilever e atualmente
defendendo o Sollys/Nestlé, a oposto Sheilla minimiza a função de informante.
“Temos que tentar fazer o
possível para trazer o ouro para o nosso time e isso é inesquecível. Mas não há
motivos diferentes por jogar contra o meu ex-time. Isso é normal na vida de um
atleta. A ansiedade existe por ser uma final, não por ser contra a Unilever. Nós
conhecemos as jogadoras de lá e elas nos conhecem, então não tem muito como
passar informações”, explicou Sheilla.
A levantadora da equipe
paulista, Fabíola, fez questão de ressaltar o respeito que existe entre as
atletas das duas equipes.
“O público pode esperar
um grande espetáculo entre duas equipes que se conhecem muito bem. O equilíbrio
dos dois lados é enorme. Precisaremos entrar focadas na partida e cometer o
menor número de erros possíveis”, concluiu Fabíola.
Retrospecto entre Sollys/Nestlé
e Unilever
Desde 1997, Sollys/Nestlé e
Unilever se enfrentaram 69 vezes em jogos válidos pela Superliga. Desses, 38
foram de vitórias para o time carioca, enquanto o paulista venceu 31 vezes. Com
o mando de quadra, a Unilever conquistou a vitória 19 vezes e perdeu 15. Quando
o Sollys/Nestlé jogou em casa, venceu 15 vezes e foi superado em outras 18
oportunidades.
Nos outros dois confrontos,
nas finais das temporadas 10/11 e 11/12, o mando de quadra foi da Confederação
Brasileira de Voleibol (CBV).
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