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São Paulo – Uma equipe estreante contra o segundo maior vencedor do torneio. Assim será a final do Campeonato Paulista Masculino de Vôlei. A Ulbra/SPFC, campeã da Superliga 2002/03 e que disputa a competição pela primeira vez, enfrenta o Wizard/Suzano, vencedor de oito títulos, no jogo inicial da série melhor-de-três neste sábado, às 20h30, no Ginásio do Morumbi, em São Paulo.

Primeira equipe de fora do Estado a chegar à decisão, a Ulbra fez a segunda melhor campanha do torneio (perdeu apenas dois dos 16 jogos) e, nas semifinais, eliminou o Banespa / MasterCard / São Bernardo. Além disso, foi o único time a derrotar o Suzano.

Mesmo assim, a cautela é uma das armas do técnico Marcelo Fronckowiak. Segundo ele, a Ulbra precisa, antes de tudo, respeitar a história do Suzano no principal torneio estadual do País, pois esta é a 11ª final do time em 12 campeonatos disputados.

“A expectativa é muito positiva, mas estamos com o pé no chão. Chegar à decisão do Paulista logo no primeiro ano nos deixa muito satisfeitos. Precisamos de muito cuidado e respeito contra o Suzano. É um time bastante complicado de se enfrentar e conseguiu manter o grupo ao longo do torneio”, lembra o treinador.

Se o Suzano teve poucos problemas de escalação durante o Paulista, o mesmo não aconteceu com a Ulbra. Fronckowiak ainda não pode contar com o meio-de-rede Renato Felizardo e o atacante Ricardo Serafim, ambos lesionados. Marcelo Negrão se transferiu para o vôlei italiano. Além disso, durante a última semana, Leandro, Riad e Roberto Minuzzi não treinaram com a equipe, porque estavam no Rio, participando da preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo.

“Existe, inclusive, a possibilidade do Roberto ser convocado para viajar para o Japão. Se for mesmo chamado, acho ótimo para ele, mas temos de compor a equipe da mesma maneira. Isso complica, porque o Suzano é um time muito bem montado pelo Ricardo (Navajas), que tem um padrão definido e várias armas. Mas nós também temos uma boa equipe e estamos nos sentindo muito bem no torneio”, diz Fronckowiak.

Por sua vez, o Wizard/Suzano terá todos os titulares à disposição. O atacante Murilo, que tinha sido convocado pelo técnico Bernardinho para a seleção, foi dispensado e pôde treinar com a equipe. Para o jogador, capitão do time, o mais complicado é manter a tranqüilidade.

“Já estamos entrando no clima. Preciso até me controlar um pouco para não ficar muito ansioso. Acho que teremos grandes jogos nesta final. Temos de entrar com muita atenção contra a Ulbra, que é uma grande equipe, campeã da última Superliga”, alerta Murilo.

O Suzano entra na decisão para defender a melhor campanha do Paulista. De 16 jogos, o time perdeu apenas um, justamente para a Ulbra, na terceira rodada do primeiro turno, por 3 a 0. Desde então, a equipe do técnico Ricardo Navajas está invicta há 18 partidas (13 na fase de classificação e cinco nos Jogos Abertos do Interior).

“Espero que esses jogos da final sejam mais equilibrados que os da fase de classificação. No primeiro nós não jogamos bem, eles jogaram muito e venceram por 3 a 0. No returno, foi o inverso. Acho que nas finais vai ser diferente e a decisão será nos detalhes”, prevê Murilo.

O Suzano tenta chegar ao nono título do Paulista (venceu as edições de 1992 a 95, 97 a 99 e 2002). Caso consiga, se iguala ao Santo André (oito vezes campeão como Pirelli e uma como Santo André Esporte Clube) como maior vencedor da história do torneio.

A segunda partida da decisão está marcada para a próxima terça-feira, dia 4, às 18h, no Ginásio Paulo Portela, em Suzano. Caso seja necessário, o terceiro jogo da série será no domingo, dia 9, às 20h30, em local a ser definido pela Federação Paulista de Vôlei.

O primeiro jogo da decisão terá transmissão ao vivo pelo Sportv. Os ingressos custarão R$ 5,00 (estudantes com carteirinha terão direito a pagar metade do valor) e serão vendidos nas bilheterias do Morumbi a partir das 18h30.

Milton Alves, José Eduardo Martins e Fábio Fleury – Local da Comunicação

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