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São Caetano-Mon Bijou aposta no caldeirão

22 mar 2006

São Paulo – O São Caetano-Mon Bijou quer transformar a sua quadra num “caldeirão” na abertura das semifinais da Superliga Feminina de Vôlei. Pela primeira vez na temporada, as arquibancadas do Ginásio Lauro Gomes devem lotar de torcedores nesta quarta-feira para empurrar a jovem equipe da casa contra o Rexona-Ades do técnico Bernardinho. O primeiro encontro da melhor de cinco será disputado a partir das 20h30 horas. As duas próximas partidas estão marcadas para sexta-feira e quarta-feira da semana que vem no Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro.

Invicto depois de 18 partidas, o Rexona-Ades é franco favorito contra a surpresa da competição. O São Caetano-Mon Bijou fechou a primeira fase em 5º lugar e, depois, despachou o Pinheiros-Blue Life por 2 jogos a 0 no início da série do mata-mata. Soma nove vitórias e igual número de derrotas. Mas a ordem do técnico Antonio Rizola começou a ser cumprida nas quartas-de-final: zerar o passado e encarar cada nova fase como um novo campeonato.

Nesta terça-feira, o São Caetano-Mon Bijou deveria treinar em dois períodos. Pela manhã, Rizola comandou um ensaio técnico e tático. Em seguida, o grupo foi assistir ao vídeo da última partida entre os times, vencido pelas cariocas por 3 a 0 com triplo 25-19. Rizola gostou do moral entre as jogadoras. “Elas estão motivadas pelo clima que começou a tomar conta da cidade. O jogo está sendo bem divulgado, o patrocinador está convocando a torcida e as arquibancadas estarão cheias. Esse apoio será muito importante. Mas sabemos que será uma partida dificílima”, admite.

À tarde, Rizola deveria reforçar a equipe reserva com o preparador físico Chicão e o auxiliar André para simular a artilharia pesada do ataque do Rexona-Osasco. Ambos são ex-jogadores. “A idéia é que o Chicão faça as vezes da Renatinha, ponta que bate muito forte. E o André jogando da mesma forma que a central Fabiana, que mede 1m94 e é um dos destaques do Rexona-Ades”, explicou. Rizola experimentou uma nova composição das atacantes, na tentativa de confundir o adversário e também mexer com o seu grupo. “Cada modificação obriga as atletas a se esforçarem ainda mais para cumprir uma nova função”, justifica.

Peças fundamentais na passagem vitoriosa pelas quartas-de-final, a levantadora Fabíola e a ponteira Dayse reconhecem que não será fácil superar o maior candidato ao título da Superliga. “O Rexona-Ades não tem pontos fracos. É também um time com excelente condicionamento emocional. Não é qualquer coisa que consegue abalar a equipe”, elogia Dayse, que já jogou com a maioria das adversárias no próprio Rexona, no Finasa e em seleções brasileiras. Fabíola estará frente à frente com seu maior ídolo no esporte, mas garante que a admiração ficará guardada no vestiário. “Aqui dentro, não tem essa. Vamos para cima delas e fazer o nosso melhor. Fernanda Venturini é uma inspiração para todas as levantadoras, mas na quadra é apenas mais uma que teremos de superar”, observa.

As prováveis equipes são estas:

São Caetano-Mon Bijou – Fabíola, Paula, Karin, Dayse, Suelle, Ciça e Nine (líbero). Técnico: Antonio Rizola.

Rexona-Ades – Fernanda Venturini, Renatinha, Sassá, Jaqueline, Fabiana, Thaísa e Fabi (líbero). Técnico: Bernardinho.

Fonte: MF2

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