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MRV/SÃO BERNARDO: TRADIÇÃO MINEIRA NO PAULISTA

Publicado 20 de outubro de 2003

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São Paulo – O clube fica em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, e é uma das maiores forças do vôlei brasileiro. Mesmo assim, o MRV/Minas se tornou uma das grandes equipes na disputa do Campeonato Paulista Feminino de Vôlei. Em 2000, o time passou a ser o único de fora do Estado a vencer o torneio. Para se manter em atividade a equipe participou do mais forte torneio estadual do Brasil e venceu representando a cidade de São Bernardo, no Grande ABC.

A história do Minas Tênis Clube no vôlei feminino é uma das mais antigas e vitoriosas do País. O time venceu vários torneios nacionais, além da Superliga 2001/02. Pelo MRV, passaram grandes jogadoras, como Ana Paula, Fofão, Fernanda Venturini, Márcia Fu, Elisângela, Érika, Virna e Raquel, entre outras.

Dirigido desde 2001 pelo experiente técnico Antonio Rizola Neto, o MRV disputa o Paulista pela terceira vez por São Bernardo. Nesse ano, o time jogou o torneio pela Ponte Preta, de Campinas.

“Sou de São Paulo e sei o quanto o Paulista é importante. É o único campeonato realmente organizado. Nos outros Estados, normalmente é um quadrangular, disputado em um final de semana”, analisa Rizola que durante cinco anos dirigiu Ecoclear Sumirago da Itália e em 1991 e 1992 foi bicampeão paulista com a Recra de Ribeirão Preto.

No Paulista deste ano, Rizola não pôde contar com várias de suas principais jogadoras: Virna, Raquel, Fabiana e Arlene, todas na seleção brasileira, e a norte-americana Keba Phibis, convocada para a seleção de seu país. Obrigado a usar várias juvenis, o técnico acha que a ausência das selecionáveis pode até ser benéfica.

“Podemos escalar várias meninas do juvenil e dar experiência em jogos de alto nível para elas. Além disso, sem as jogadoras da seleção, o equilíbrio no torneio aumenta. Claro que para o público seria melhor ver as grandes atleta”, diz.

Na fase de classificação, o MRV/São Bernardo terminou na quarta colocação, com seis vitórias em dez jogos. Nas quartas-de-final, teve pela frente o Ecus/Suzano, venceu os dois jogos e se garantiu na semifinal, onde enfrentará o bicampeão BCN/Osasco.

O confronto não é novidade para nenhuma das equipes. MRV e BCN se enfrentaram nas semifinais dos dois últimos Paulistas, nas decisões das Superligas 2001/02 e 2002/03 e na final dos Jogos Abertos do Interior, na semana passada. O time de Rizola saiu vencedor na primeira Liga e no último confronto, quando bateu o rival por 3 a 0. Mesmo assim, ele não espera jogos fáceis.

“Jogaremos a primeira partida em casa, num ginásio muito maior do que o deles, mas isso não chega a ser uma vantagem. O bom é que não teremos a pressão que a torcida costuma fazer em Osasco. Queremos acabar com essa história de terminar o Paulista sempre em terceiro. Acho que a equipe vem evoluindo bem e temos boas chances”.

Milton Alves, José Eduardo Martins e Fábio Fleury – Local da Comunicação

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