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Finasa e Rexona-Ades decidem título do 3º turno

06 fev 2009

 


Fonte: CBV


 


Rio de Janeiro – A disputa do título do terceiro turno da Superliga Feminina de vôlei 08/09 colocará em lados opostos dois times com tradição no torneio. Finasa/Osasco (SP) e Rexona-Ades (RJ), adversários na final deste sábado (07.02), somam oito títulos da competição. O confronto, que contará com seis campeãs olímpicas em quadra – Fabi e Fabiana pelo lado carioca; Thaísa, Sassá, Carol Albuquerque e Paula Pequeno pela equipe paulista – será realizado no ginásio José Liberatti, em Osasco (SP), às 21h45. O canal Sportv transmitirá a partida ao vivo.


 


Maior vencedor da Superliga, com cinco títulos, o Rexona-Ades lidera a classificação geral desta 15ª edição, com 36 pontos – 17 vitórias e duas derrotas. Já o Finasa/Osasco, tricampeão, ocupa a segunda colocação, com 33 pontos – 15 triunfos e três resultados negativos.


 


Nos confrontos diretos desta temporada, melhor para o time paulista, que venceu duas das três partidas disputadas. No entanto, a equipe carioca ganhou o único jogo decisivo: a final do segundo turno.


 


Coração valente


 


As boas campanhas de Rexona-Ades e Finasa/Osasco na competição passam pela eficiência das levantadoras Dani Lins e Carol Albuquerque, respectivamente. Depois de quatro temporadas, as jogadoras, que foram campeãs pelo time paulista na Superliga 04/05, estarão frente a frente.


 


Em 2004, a jovem levantadora Dani Lins, então uma promessa, levou um susto. Num exame de rotina, foi constatado que a jogadora sofria de arritmia cardíaca.


 


Foram seis meses de monitoração e tratamentos intensos. No final, a boa notícia. O distúrbio, na verdade, havia acontecido em decorrência de uma forte gripe, que afetou os músculos do coração. Depois de novos exames, Dani Lins foi liberada e voltou a tempo de disputar a reta final da Superliga 04/05.


 


“Sempre tive a certeza de que não iria parar de jogar. Todos falavam que eu tinha potencial e deveria continuar lutando. Foi o que eu fiz. Nunca mais senti nada”, conta a pernambucana de 24 anos.


 


Mais experiente, a gaúcha Carol Albuquerque, de 31 anos, ocupou a posição de titular no período em que jogaram juntas no Finasa/Osasco. A levantadora aponta a evolução da amiga Dani Lins.


 


“A Dani evoluiu muito ao longo destes anos. Amadureceu e ganhou experiência neste tempo no Rexona-Ades, um clube de ponta comandado pelo Bernardinho, que é um excelente técnico”, afirma Carol.


 


A jogadora do Finasa/Osasco, no entanto, garante que dentro de quadra a amizade fica para segundo plano. “Durante o jogo não tem jeito. A rivalidade é grande. Trata-se de um clássico do voleibol. A amizade tem que ficar para depois”, comenta Carol Albuquerque, segunda colocada no ranking de levantadoras, com 26,98% de aproveitamento.


 


Rexona-Ades e Finasa/Osasco já se enfrentaram 50 vezes em toda a história da Superliga. E a equipe carioca é a dona do melhor retrospecto: são 29 vitórias contra 21 do time paulista.


 


Dani Lins: uma das cotadas para a seleção


 


Depois da conquista do ouro olímpico em Pequim/08, a levantadora Fofão anunciou sua aposentadoria da seleção brasileira. Com isso, está aberta a temporada de procura por uma substituta para ocupar a vaga deixada pela jogadora.


 


Companheira de Fofão na campanha de Pequim, Carol Albuquerque deve seguir na seleção. Uma das levantadoras mais cotadas para ficar com a outra vaga é, justamente, Dani Lins.


 


“Acho ótimo que estejam cogitando o meu nome para a seleção. Chegar lá é o sonho de toda jogadora. Mas essa badalação não pode subir à cabeça em momento nenhum. Estou treinando forte para melhorar a cada dia e conseguir chegar num bom nível”, diz Dani Lins, quarta colocada no ranking de levantadoras da Superliga 08/09, com 25,19% de eficiência.


 


Para Carol Albuquerque, a levantadora do Rexona-Ades leva vantagem sobre as outras companheiras de posição. “Acho que a Dani está em grande fase e larga na frente na disputa pelo lugar na seleção. Ela adquiriu bastante bagagem em competições nacionais e agora falta a experiência internacional, o que poderá acontecer na seleção brasileira”, diz Carol.


 


Os números


 


Rexona-Ades e Finasa/Osasco destacam-se na maioria dos fundamentos nesta Superliga. O time carioca está em primeiro lugar nas estatísticas de ataque (28,65%) e bloqueio (25,74%) e em segundo nos rankings de defesa (41,80%) e levantamento (20,62%). Já o clube paulista é o mais bem colocado na defesa (43,78%) e na recepção (53,76%). Além disso, o Finasa/Osasco aparece na segunda posição no ataque (28,53%) e no bloqueio (23,34%), em terceiro no levantamento (20,52%) e em quarto no saque, com 5,43% de aproveitamento.


 


EQUIPES


 


FINASA/OSASCO – Na última partida, o técnico Luizomar de Moura entrou com: Carol Albuquerque, Natália, Sassá, Paula Pequeno, Thaisa e Adenízia. Líbero – Camila Brait.


 


REXONA-ADES – No último jogo, o técnico Bernardinho começou com: Dani Lins, Joycinha, Érika, Regiane, Fabiana e Carol Gattaz. Líbero – Fabi.


 


 

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