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Em clima de Pan, Brasil derrota Sérvia no Maracanãnzinho

30 jun 2007

Rio de Janeiro (RJ) – Um sábado(30.06) alegre e inesquecível para o esporte. Mais de 10 mil torcedores deram um colorido especial à reinauguração do ginásio Gilberto Cardoso, o Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, e transmitiram energia positiva à Seleção Brasileira adulta feminina de vôlei, que pisou pela primeira vez no palco dos Jogos Pan-Americanos. Para completar a festa verde-amarela, o Brasil derrotou a Sérvia, por 3 sets a 1, parciais de 25/12, 25/15, 26/28 e 25/17, em 1h28 de jogo, e a central Fabiana, de 22 anos, foi a maior pontuadora: 19 acertos.

O duelo, válido pelo Desafio Internacional, foi o terceiro entre as seleções em cinco dias. Neste domingo (01.07), às 12h30, as equipes farão o quarto e último amistoso, também no Maracanãzinho, com transmissão do Sportv.

Depois da meio-de-rede Fabiana, a ponteira Paula Pequeno, a oposto Mari e a meio-de-rede Walewska foram as que mais marcaram pontos: 15, 13 e 12, respectivamente. Pela Sérvia, Jovana Brakocevic foi quem mais marcou: 16 vezes.

O JOGO – A ansiedade e o nervosismo de estréia no ginásio do Maracanãzinho não atrapalharam o time brasileiro no primeiro set. O Brasil aproveitou-se dos erros das adversárias e dominou o placar durante todo o set até marcar 25/12. Paula e Fabiana foram os destaques, com quatro pontos cada.

Na segunda parcial, mais uma vez, o trabalho das meios-de-rede foi eficiente. Walewska e Fabiana foram as maiores pontuadoras do set, com cinco pontos. O Brasil foi eficiente no bloqueio e marcou seis pontos contra nenhum das adversárias neste fundamento, além de dois acertos no saque. Com tranqüilidade, a equipe verde-amarela fechou: 25/15.

O terceiro set foi o mais equilibrado da partida. O técnico Zé Roberto começou com Sheilla no lugar de Mari e Érika no de Jaqueline. A Sérvia melhorou no bloqueio, enquanto o Brasil diminuiu a força no saque e teve dificuldades na recepção. Desta forma o placar ficou disputado ponto a ponto. No detalhe, a Sérvia venceu: 28/26.

Zé Roberto voltou com a formação inicial no quarto set. No ataque da oposto Mari, o Brasil abriu 8/5. Na segunda parada técnica, a vantagem era de cinco pontos (16/11). Com Fofão eficiente na variação das jogadas, as brasileiras mantiveram o domínio a administraram o placar. Numa jogada rápida pelo meio, Fabiana marcou o ponto da vitória (25/17).

Após a partida, o técnico José Roberto Guimarães avaliou a atuação do grupo. “Enquanto forçamos o saque e tivemos eficiência na recepção dominamos o jogo. A partir do momento que não continuamos a sacar de forma agressiva e a recepção começou a ter dificuldades, a Sérvia se aproveitou, melhorou seu jogo e venceu uma parcial. Mas não podemos ter este desnível. Temos que ser regulares nestes dois fundamentos o tempo inteiro. Não somos uma equipe alta e temos que jogar com velocidade. Nosso ataque ainda teve alguns deslizes. No contra-ataque, gostei da eficiência”, analisa Zé Roberto.

Para o treinador, o time ainda precisa ganhar mais entrosamento. “Ainda precisamos nos ajustar. A equipe inicial desta partida deve ser a base para os Jogos Pan-Americanos. Estou buscando sempre colocar as outras jogadoras para atuar, pois precisaremos das 12 bem e com condições de ajudar. Ter um banco à altura do time titular, com jogadoras que entrem e não deixem o nível cair, assim como conseguem reverter momentos difíceis é o que faz um time campeão”, diz Zé Roberto, que ainda lembrou que a equipe sofreu a perda da ponteira Sassá. A atacante torceu o tornozelo esquerdo na semana anterior aos jogos amistosos e foi substituída por Regiane, mas no Pan retornará ao time.

Para os Jogos Pan-Americanos, Zé Roberto destacou Cuba como a maior rival. “O time de Cuba é o mesmo que ganhou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004. Cuba repatriou algumas jogadoras e fez um campeonato nacional este ano. Já disputou quatro competições este ano e está com mais ritmo. Será um sonho fazer a final contra Cuba no ginásio do Maracanãzinho lotado e ganhar”, ressalta o treinador.

Ao mesmo tempo em que elogiou o apoio da torcida, Zé Roberto lembrou a pressão que a equipe terá por entrar como anfitriã e favorita. “Não gosto da palavra favoritismo. De todas as competições que disputei até hoje à frente da seleção feminina esta é a que sinto mais pressão pela vitória. Jogaremos em casa e teremos o apoio da torcida. Este clima é muito bom, mas tem o outro lado”, completa o treinador.

Fofão, levantadora e capitã da equipe, concordou com o treinador. “O favoritismo existe, mas não pode atrapalhar. No Pan, devemos respeitar todos os adversários da mesma forma. Qualquer descuido poderá nos prejudicar’, diz a jogadora, para depois analisar a partida:
“Ainda falta entrosamento para o time. Tivemos dificuldades e cometemos algumas falhas, mas conseguimos reverter os erros e vencer. Além disso, a Sérvia mostrou um volume maior de jogo. Estes jogos são proveitosos para o time porque podemos nos ajustar até o Pan”, analisa.

Após os Jogos Pan-Americanos, a seleção feminina disputará o Grand Prix, em agosto, na Europa e na Ásia. Em seguida, o time jogará o Sul-Americano em setembro, no Chile. Em novembro, o Japão será o palco da Copa do Mundo, competição que classificará os três primeiros colocados para os Jogos Olímpicos de Pequim/2008.

Depois da partida deste domingo(01.07), a seleção ficará de folga até terça-feira e se reapresentará no Centro de Desenvolvimento do Voleibol – Saquarema – RJ (CDV-S), na próxima quarta-feira (04.07), em vários horários.

EQUIPES

BRASIL – Fofão, Mari, Paula, Jaqueline, Fabiana e Walewska. Líbero: Fabi. Entraram: Thaisa, Sheilla, Carol Albuquerque, Regiane e Érika.Técnico: José Roberto Guimarães.

SÉRVIA – Ognjenovic, Majstorovic, Nikolic, Petrovic, Brakocevic e Eric. Líbero: Cebic. Entraram: Ninkovic, Vesovic, Simanic e Nesovic.Técnico: Zoran Terzic.

Fonte: CBV

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