Federação Paulista de Volleyball

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Depois de 11 meses, Dayse só pensa em uma coisa: jogar

19 jul 2015




 


 

Fonte: Lucas Dantas e Amanda Demétrio/ Núcleo de comunicação
SESI-SP / FIESP


 

São Paulo (SP) – O time feminino de vôlei do Serviço Social
da Indústria de São Paulo (Sesi-SP) estreará na temporada 2015/2016 no dia 11
de agosto pela Copa São Paulo. Como primeira partida oficial do ano, o jogo já
teria ingredientes de ansiedade para a torcida e as jogadoras. Mas para uma em
especial, o tempero é mais forte – marcará o fim de um hiato de exatos 11 meses
sem marcar um ponto, dar um passe e abraçar as companheiras depois de uma vitória.


 

Fora do time desde setembro de 2014, quando rompeu os
ligamentos do joelho direito, Dayse viu das arquibancadas praticamente toda a
temporada do Sesi-SP, torcendo e preparando a cabeça para um ano que seria de
espera. Uma lesão como essa leva pelo menos seis meses para se curar completamente,
e isso custou à ponteira a inscrição na Superliga. E para quem nunca se
machuca, foi um período bem diferente na carreira.


 

“Nunca fiquei tanto tempo sem jogar. Na minha carreira
inteira, nunca tive problema de nada. Isso é muito positivo, pois nunca estou
fora de jogo, de treino. Então é difícil passar por essa situação”, contou
Dayse.


 

A jogadora sabia que não adiantaria tentar antecipar a volta,
mas para piorar, o período de recuperação coincidiu com problemas familiares.


 

“Particularmente, eu não arrumo problema na cabeça para
aceitar. Machuquei, então pensei em tratar e voltar bem. Não fico remoendo. Mas
aconteceu nesta época de ter alguns problemas na minha família. Aí eu senti
mais, fiquei abalada, parecia que tudo de ruim estava acontecendo na mesma época.
Parecia que tudo ia dar errado, mas agora parece que vai dar certo.”


 

Dayse foi peça fundamental na temporada de 2013-2014, quando
ainda era reserva e entrou no time esfacelado por contusões das ponteiras e
ajudou a equipe a se reerguer, sendo titular e destaque na conquista do
Sul-americano e no terceiro lugar no Mundial de Clubes. A temporada seguinte
prometia para Dayse, que formou com Suelle uma das mais sólidas linhas de
ponteiras do vôlei brasileiro. Mas a lesão atrapalhou tudo. E Dayse sabe que
fez falta. Se não podia jogar, pelo menos tentou voltar para ajudar as amigas
de alguma forma.


 

“Eu queria voltar a treinar logo e voltei bem antes do prazo.
Mas estava fora da Superliga e sabia que não adiantaria acelerar nada. Mas
queria voltar por elas, para ajudar, para dar alegria nos treinos, para estar
do lado, mesmo sem jogar.”


 

Agora a ponteira está de volta. E sabe que terá uma disputa e
tanto pela vaga de titular na equipe. Jaqueline e Ellen estão a serviço da seleção
brasileira. Quando voltarem, serão três jogadoras brigando por duas vagas.
Dayse conhece bem o técnico Talmo de Oliveira e sabe que joga quem estiver
melhor, mas garante que não está se focando nisso agora.


 

“Esse é um ano de volta. Mesmo não estando todo mundo aqui,
estou me preocupando em treinar o melhor que puder e quero jogar o máximo, mas
a disputa de vaga não me preocupa agora. Estou pensando em voltar bem, em jogar
bem. Só isso”, afirmou a ponteira, que também não guarda nenhum trauma da lesão.


 

“O médico, que sabe mais do que eu, disse que posso fazer
tudo. Então vou fazer tudo. Não tenho nenhuma dor e nenhum medo. Eu sou assim”,
finalizou.


 

O primeiro jogo oficial da temporada será dia 11 de agosto,
pela Copa São Paulo. O Sesi-SP entrará já na fase semifinal contra o vencedor
de São Caetano X Valinhos, na Vila Leopoldina. A decisão será dia 14.

 

 

 

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