Federação Paulista de Volleyball

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Brasil supera torres holandesas e mantém invencibilidade

20 jul 2009

 


 


Fonte: CBV


 


Mexicali (México) – Os quase dois metros de altura das centrais holandesas Kollhaas (1,97m) e Stoeten (1,95m) não foram suficientes para parar o ataque brasileiro. Na primeira partida da segunda fase do Campeonato Mundial juvenil feminino de vôlei, nesta segunda-feira (20.07), o Brasil superou a Holanda por 3 sets a 0 (25/12, 30/28 e 25/14) e manteve a invencibilidade na competição. A equipe comandada pelo técnico Antonio Rizola levou 1h15 para definir o jogo, realizado no ginásio Auditoria del Estado Ciudad Deportiva, em Mexicali.


 


Maior pontuadora do confronto ao lado da companheira Glauciele, com 12 acertos, a ponteira Natiele acredita que o resultado foi fruto de muito estudo.


 


“Nós estudamos bastante a equipe adversária e nos preparamos para esta partida. Analisamos todas as possibilidades de ataque das holandesas. O objetivo era anular as principais jogadas delas e nós conseguimos. Treinamos muito para isso”, afirma Natiele.


 


O treinador brasileiro Antonio Rizola seguiu o discurso de sua pupila e comemorou a boa condição da equipe.


 


“Estudamos o adversário e vemos qual é a melhor forma de jogar. Podemos atuar de diferentes maneiras. As jogadoras brasileiras possuem qualidade física, técnica e tática para fazer o que orientamos”, aponta Rizola.


 


Se por um lado o Brasil conseguiu manter a invencibilidade, agora de quatro jogos, por outro, a Holanda teve que digerir o primeiro resultado negativo na competição. Capitã da seleção holandesa, Zuidema comentou a derrota da equipe e exaltou o preparo físico das brasileiras.


 


“Hoje não conseguimos repetir o desempenho dos três primeiros jogos e sofremos a primeira derrota. Depois de um primeiro set em que jogamos mal, conseguimos ir bem na segunda parcial. No terceiro set, prevaleceu a força física. As brasileiras estavam dispostas, enquanto nosso time parecia cansado. Espero que possamos melhorar na próxima partida”, diz Zuidema.


 


Pelo grupo E, Brasil e Holanda voltarão à quadra nesta TERÇA-FEIRA (21.07). Às 20h (horário de Brasília), as brasileiras terão pela frente a China Taipei, que, hoje, perdeu para a Bulgária por 3 sets a 2. Em seguida, às 22h (horário de Brasília), será a vez do confronto entre holandesas e búlgaras.


 


Assistente holandês tem a primeira oportunidade como técnico


 


Com problemas com a licença – documento que permite ao treinador estar à frente da equipe em competições internacionais oficiais –, o técnico holandês Appie Krijnsen não pôde comandar a equipe no jogo contra o Brasil. Em seu lugar, assumiu o assistente técnico Bram Leijssenaar, de apenas 24 anos.


 


“É a primeira vez que assumo a posição de treinador da equipe. Soube que teria de fazê-lo momentos antes da partida. Appie teve uma complicação com a sua licença, mas espero que amanhã possa estar de volta”, afirma Bram, ressaltando que a derrota nada teve a ver com a troca de comando.


 


“Perdemos porque a equipe do Brasil é muito forte. As jogadoras estavam preparadas, mas se depararam com uma grande diferença no placar logo no início da partida. A ausência do técnico não influenciou no resultado do jogo”, finaliza Bram Leijssenaar.


 


O jogo


 


Eficiente no ataque desde o início do primeiro set, o Brasil logo começou a ditar o ritmo da partida. Na primeira parada técnica obrigatória, o placar apontava 8/4 para as brasileiras.


 


Comandada pela ponteira Natiele, a seleção verde-amarela aumentou a vantagem para 10 pontos (16/6). A qualidade que sobrava no ataque brasileiro faltava ao holandês e, depois de um erro de saque das adversárias, o Brasil deu números finais a primeira parcial: 25/12.


 


O panorama mudou no segundo set. Apresentando falhas no sistema defensivo, a seleção brasileira viu a equipe holandesa abrir 6/1. E a reação só veio depois do tempo solicitado pelo técnico Antonio Rizola.


 


Depois de fazer o segundo ponto, o Brasil conseguiu encostar, em uma sequência de cinco saques da ponteira Glauciele: 7/6. A partir daí, jogo equilibrado. Melhores no ataque, as holandesas cresceram no segundo set e endureceram o jogo contra as brasileiras (21/21). No fim, prevaleceu a força do time verde-amarelo, que, depois do ataque de Natiele, fechou a parcial em 30/28.


 


No terceiro set, o domínio do jogo voltou para as mãos brasileiras. A equipe conseguiu explorar com eficiência o bloqueio holandês e construiu boa vantagem: 16/11. Depois de aumentar a diferença no placar, o Brasil conseguiu definir a terceira e decisiva parcial em 25/14, após bloqueio duplo de Thays e Letícia Hage.


 


 


EQUIPES


 


BRASIL – Roberta, Isadora, Natiele, Glauciele, Leticia Hage e Ana Beatriz. Líbero – Le Pontes. Técnico – Antonio Rizola


 


Entraram: Thays, Diana e Nathalia.


 


 


HOLANDA – Blansjaar, Slöetjes, Buijs, V. Berkel, Stoeten e Koolhaas. Líbero – Knip. Técnico – Appie Krijnsen


 


Entraram: Zuidema, Timmer, Dijkema e Oosterveld.


 

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