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Rio de Janeiro – Há menos de um ano dos Jogos Olímpicos de Pequim/2008, a Seleção Brasileira masculina de vôlei dará, nesta quarta-feira (05.09), o primeiro passo rumo à competição olímpica. E será na cidade chilena de Viña del Mar, onde o Brasil fará sua estréia no Campeonato Sul-Americano diante do Uruguai, a partir das 21h45, no ginásio Polidesportivo.

Além de tentar manter a hegemonia continental, o Brasil quer o título para garantir uma vaga na Copa do Mundo, que será disputada em novembro, no Japão, onde as seleções que terminarem nas três primeiras colocações garantirão um lugar nos Jogos Olímpicos de Pequim.

E se a história prevalecer, o Brasil tem tudo para sair do Chile com mais uma medalha de ouro. Dos 26 campeonatos realizados, os brasileiros conquistaram por 25 vezes o primeiro lugar. A única vez que o Brasil não subiu ao lugar mais alto do pódio foi por não ter participado do evento (64), e a Argentina foi a campeã.

“É o começo da caminhada até Pequim. Não podemos vacilar. Precisamos, o mais rápido possível, conseguir nossa classificação para os Jogos Olímpicos”, ressalta o meio-de-rede Rodrigão.

O técnico Bernardinho também pede atenção total à equipe. “Não podemos ser negligentes neste Sul-Americano. É uma competição importante. Caso o Brasil vença já estará garantido na Copa do Mundo, no Japão, onde temos como objetivo garantir uma das três vagas para os Jogos Olímpicos de Pequim”, destaca o técnico Bernardinho.

O primeiro adversário não é tão conhecido dos brasileiros. Nos dois últimos Sul-Americanos, realizados no Rio de Janeiro (2003) e Lajes (2005), respectivamente, o Uruguai não participou. A última vez que os uruguaios jogaram o torneio continental foi em 2001, na Colômbia, onde terminaram na sétima e última colocação.

Das 26 edições do Sul-Americano, o Uruguai participou 21 vezes e os melhores resultados foram três medalhas de prata e outras três de bronze.

Por isso, o técnico Bernardinho pouco conhece dos primeiros rivais. “O Uruguai é o adversário desta primeira fase que conhecemos menos. Nos últimos anos, não tem participado de competições importantes. É um time menos expressivo. Mesmo assim temos de ter atenção”, diz o treinador.

Bernardinho lembrou da importância da competição continental. “Vamos com nossa força máxima porque nossa meta é ganhar este Sul-Americano. Por isso, demos folga para a equipe principal após os Jogos Pan-Americano e, há duas semanas e meia, retomamos o trabalho focando este Sul-Americano”, destaca Bernardinho, que à frente da seleção já participou de três Sul-Americanos (2001, 2003 e 2005) e ganhou todos eles.

Giba, capitão e ponteiro do Brasil, ressalta a preparação da equipe. “Primeiramente, precisamos nos classificar para a Copa do Mundo e, lá no Japão, buscar nossa vaga em Pequim. Nosso time vem de duas importantes competições que exigiram muito do grupo que foram a Liga Mundial e os Jogos Pan-Americanos. Mas conseguimos descansar após esta última e acredito que chegamos ao Chile em excelentes condições”, ressalta Giba.

Na história dos confrontos entre Brasil e Uruguai, o domínio verde-amarelo é total. Até o momento, foram 15 confrontos e 15 vitórias brasileiras, todas por 3 sets a 0.
Esta é a primeira vez que o Brasil, sob o comando do técnico Bernardinho, enfrentará os uruguaios. O último confronto foi em 1999, no Sul-Americano, em Córdoba, na Argentina.

Dos 15 confrontos, 13 foram em Campeonatos Sul-Americanos. Apenas dois foram em outras competições. Em 1960, brasileiros e uruguaios se enfrentaram no Mundial (São Paulo) e, em 63, nos Jogos Pan-Americanos, também em São Paulo.

Na abertura do grupo A, a Colômbia enfrentará a Venezuela, dirigida pelo brasileiro Ricardo Navajas, a partir das 19h30. Em Santiago, será disputada a chave B. A partir das 19h, Paraguai e Argentina fazem a primeira partida, seguida, às 22h, por Chile x Peru.

Fonte: CBV