Vôlei de Quadra
Publicado 14 de julho de 2021
CompartilharFonte: Ary Pereira Jr. – Imprensa ECP
São Paulo (SP) – A equipe feminina adulta de vôlei do Esporte Clube Pinheiros é um exemplo de excelência no trabalho das categorias de base no clube que possui em seu DNA a formação de atletas. O elenco para a temporada 2021/22 conta com 53% das jogadoras vindas da base. São nove das 17 atletas vivenciando a fase de transição.
Em contrapartida ao rejuvenescimento da equipe neste ano, 23,1 anos diante de 24,3 na temporada 2020/21, a estatura média é a mais elevada das cinco últimas temporadas, 1m84 contra 1m82 do ano anterior. Confiante com o desempenho do novo time, o técnico Reinaldo Bacilieri estabeleceu algumas metas: chegar às semifinais no Campeonato Paulista e alcançar as quartas de final na Superliga e na Copa Banco do Brasil.
Entre as contratadas mais experientes, há também quem conheça nos detalhes as categorias de base do Pinheiros. A levantadora Carol Leite, de 28 anos, vinda do Sesi Bauru, com passagens por Sesc-RJ, Rio do Sul (SC), Sesi-SP e São Caetano, atuou pelo clube azul e preto de 2008 a 2012, incluindo-se as categorias infantil, juvenil e adulta.
“Eu me sinto em casa. É muito gostoso retornar ao Pinheiros. Nos últimos anos, sempre que vim aqui para jogar contra, eu sentia um carinho especial pelo clube. Estou vivendo um momento especial na minha carreira. Sou muito grata ao Pinheiros. Formou muitos atletas porque possui uma estrutura diferenciada na base”, define Carol Leite.
A levantadora duas vezes vice-campeão da Superliga pelo Sesc-RJ destacou a condição que terá de assumir diante das colegas. “Pela primeira vez serei uma das mais experientes da equipe. Joguei ao lado de jogadoras da seleção e eu absorvia o máximo de aprendizado. Agora, será gratificante passar para as mais novas o que eu aprendi. Com toda humildade, espero me tornar uma referência para elas”, deseja Carol.
Apesar de pouco tempo de convivência com as novas companheiras de quadra, a atleta já obteve uma percepção do ambiente. “Nosso time é muito jovem, mas cada jogadora traz sua experiência para contribuir. Os propósitos individuais são diferentes, mas já percebi que o objetivo de todas tem uma única ideologia: fazer o melhor trabalho possível em favor do Pinheiros”, conclui Carol.
Sonho realizado – Até a Superliga 2020/21, Isabella Araújo, de 19 anos, era pegadora de bolas nos jogos do time adulto do Pinheiros no Poliesportivo Henrique Villaboim. Colocava o seu banquinho na lateral da quadra e ficava sonhando ao contemplar as melhores jogadoras do País em ação, enquanto corria atrás das bolas para reposição.
“Eu estava trabalhando como pegadora em um jogo da última temporada e o Reinaldo (Bacilieri, técnico) falou para mim: ‘Está quase na hora de você vir para dentro da quadra’. Senti um frio na barriga e naquela noite nem consegui dormir. Fiquei pensando no que ele disse até que no começo deste ano ele me ligou e chamou para o adulto”, conta Isabella, que também defende a equipe sub-21 do Pinheiros.
Com 1m75, a atleta é mais alta do que a maioria das jogadoras que atuam como líbero. “O Eduardo Gonçalves, meu primeiro técnico no Pinheiros, queria uma líbero de estatura mais elevada. Eu vim do Corinthians, onde costumava jogar de levantadora. Cheguei em 2019 e fomos campeãs paulistas. Perdemos apenas um jogo em toda a temporada”.
A exemplo de Carol Leite, Isabella percebeu que chegou o momento de assimilar o aprendizado. “Quero absorver tudo o que elas tiverem para me passar. É uma grande oportunidade para aprender. Estou realizando o sonho de poder jogar tanto ao lado, quanto contra as melhores atletas do Brasil”, espera Isabella.
Com 39 anos de Pinheiros e 102 títulos conquistados, Silvio Forti é o treinador da equipe sub-21 e auxiliar técnico no time adulto. Ele expressa o orgulho de formar atletas com excelência. “É um desafio muito grande a responsabilidade de desenvolver meninas para que atinjam o nível de trabalhar de maneira homogênea com as adultas. A tarefa é gratificante”.
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