Vôlei de Quadra
Publicado 12 de abril de 2005
CompartilharRio de Janeiro – A velha máxima de que o melhor ataque é a defesa foi comprovada na primeira partida da final da Superliga masculina de vôlei 04/05, entre Banespa/Mastercard (SP) e Telemig Celular/Minas (MG). Num jogo muito disputado, decidido apenas no tie-break, no qual o time mineiro abriu 1 a 0 na série melhor de cinco, um jogador de cada lado acabou eleito o melhor na defesa: o líbero Polaco, da equipe paulista, e o ponta Ezinho, da mineira.
Nesta quarta-feira (13.04), às 19h, no ginásio Poliesportivo, em São Bernardo do Campo (SP), com transmissão do canal Sportv e da TV Cultura, os dois atletas querem mostrar que é de uma boa defesa que nasce uma jogada perfeita. “Tudo começa com um bom saque, mas o time que está recebendo precisa fazer com que a bola chegue redonda nas mãos do levantador. E pecamos no saque no primeiro jogo. O Marlon (levantador do Telemig Celular/Minas) jogou o tempo inteiro com a bola na mão”, alerta Polaco.
O líbero do Banespa/Mastercard diz que a função de um jogador da sua posição é justamente fazer com que o passe chegue açucarado na mão do levantador, e também a de pegar as chamadas ‘bolas impossíveis’. “Como fico na quadra só para defender, às vezes apareço mais do que os outros. Faço seis posições no fundo, enquanto os demais fazem três. Além disso, o jogo em Belo Horizonte foi longo demais. Fico feliz de ter me saído bem, apesar de a vitória não ter vindo”, diz Polaco, que também foi o melhor líbero do primeiro jogo.
Além de dividir com Polaco os méritos de ter sido o melhor na defesa, Ezinho foi o mais eficiente na recepção, fundamento no qual aparece em segundo nas estatísticas da Superliga, com 63,14% de aproveitamento. “Por estar praticamente o tempo todo na quadra, isso me facilita. É um fundamento que exige muito e preciso sempre estar bem. Dou um volume atrás junto do Serginho (líbero). Sei que sou peça fundamental no fundo de quadra para ajustar os contra-ataques”, avalia Ezinho.
A igualdade de forças de Polaco e Ezinho na primeira partida mostra bem o equilíbrio que deverá marcar esta decisão. “Foi um jogão mesmo. Para quem gosta de vôlei, foi um prato cheio. Mas para nós, jogadores, deu para notar que pecamos nos detalhes. Principalmente no posicionamento inicial, em que devemos facilitar ao máximo para não nos movimentarmos tanto”, explica Polaco.
Até mesmo quem saiu vitorioso no primeiro confronto sabe das dificuldades que ainda virão. “É difícil projetar o que vai acontecer, mas com certeza o campeão será conhecido nos detalhes. Essa final será equilibrada do início ao fim. Na minha opinião, são as duas melhores equipes do Brasil, com grandes jogadores, que demonstraram uma regularidade muito boa. Sabemos que encontraremos ainda mais dificuldades fora de casa, mas já nos superamos várias vezes nesta Superliga”, comenta Ezinho.
Apesar da derrota, Polaco afirma que ninguém se abateu no Banespa/Mastercard. “Senti que a galera está tranqüila e ainda bem confiante. Temos condições de vencê-los, como já aconteceu na fase classificatória. E foi o segundo jogo que fizemos contra eles em que estávamos vencendo por 14 a 12 para fechar o tie-break e deixamos a vitória escapar nos detalhes. Mas só perdemos uma partida em nosso ginásio nesta Superliga (para a equipe da On Line/Herval, nas semifinais) e temos que aproveitar isso”, ressalta Polaco.
Ezinho reconhece essa força do Banespa/Mastercard, mas diz que o Telemig Celular/Minas também tem de ser respeitado. “Estamos preparados para uma partida ainda mais equilibrada que a primeira e trabalhando para conseguir deslanchar num set, o que colocaria fogo no jogo. Se o Banespa/Mastercard é uma equipe complicada de se encarar em qualquer lugar, é uma grande preocupação para eles saber que somos um time aguerrido”, afirma Ezinho.
EQUIPES
BANESPA/MASTERCARD – Vinhedo, Rivaldo, Nalbert, Ricardo Serafim, Alberto e Michael. Líbero: Polaco. Técnico: Mauro Grasso.
TELEMIG CELULAR/MINAS – Marlon, Evandro, Roberto Minuzzi, Ezinho, Jardel e Rogério. Líbero: Serginho. Técnico: Marcos Miranda.
Fonte: CBV
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