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REXONA-ADES X FINASA/OSASCO: MUITOS TÍTULOS EM QUADRA

Publicado 25 de março de 2005

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Rio de Janeiro – Emoção é pouco para descrever o que está para acontecer na série melhor de cinco das finais da Superliga feminina de vôlei 04/05. Só para se ter uma idéia, pela primeira vez na história da competição, em sua 11a edição, uma equipe carioca e uma paulista decidem o título. Isso sem falar no número de vezes que as capitães de Rexona-Ades (RJ), Fernanda Venturini, e Finasa/Osasco (SP), Valeskinha, já foram campeãs. Neste sábado (26.03), às 13h, no ginásio do Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro, e com transmissão do canal Sportv, entra no ar o voleibol-show.

A levantadora Fernanda Venturini é paulista de Araraquara e defende a equipe carioca. Ela chegou à final de todas as Superligas que disputou (só não jogou a de 01/02, por estar grávida de Julia). Ou seja: em nove edições, nove finais, sagrando-se campeã em sete. Já a meio-de-rede Valeskinha, que veste a camisa do time paulista, mas é nascida no Rio, mais precisamente em Niterói, chega à oitava final consecutiva na Superliga. Em seu currículo, cinco títulos e dois vices.

O interessante é que as duas atletas não só foram companheiras de seleção brasileira como também já jogaram juntas em clubes, justamente defendendo o Rexona (temporadas 97/98, 98/99 e 99/00) e Osasco (02/03 pelo BCN e 03/04 pelo Finasa). E numa única oportunidade, em 00/01, elas se enfrentaram numa final de Superliga. Quem levou a melhor foi Valeskinha, campeã com o Flamengo em cima do Vasco de Fernanda Venturini, no clássico carioca que lotou o Maracanazinho.

A experiente Fernanda, que já anunciou aposentadoria da seleção, mostra quem dá as cartas. “Das cinco vezes que a Valeskinha foi campeã, quatro ganhou comigo. Quer dizer que ela vai perder agora. Estou brincando. Será o jogo mais difícil de todos até agora e não dá para fazer um prognóstico dessa final. Só acho que não será decidido em três partidas. Vai levar quem tiver mais disposição e vontade de vencer”, aposta Fernanda, que é a levantadora mais eficiente desta Superliga, com 33,53% de aproveitamento.

Apesar de o Rexona-Ades ter vencido os dois jogos contra o Finasa/Osasco na fase classificatória, Fernanda fala da grandeza do time paulista e do perigo que representa na busca pelo tricampeonato. “Serão jogos entre seleções. O Finasa/Osasco tem quatro titulares da seleção, enquanto nós contamos com duas reservas, a Fabiana e a Sassá. E eu já parei. A seleção mesmo está lá”, diz ela, elogiando os últimos dias de treinamento. “Aproveitamos a semana para crescer fisicamente. Jogaremos com o calor a nosso favor. Elas deverão sentir”.

Quanto a sua incrível marca em Superligas, Fernanda prefere enaltecer as atletas que ela conseguiu colocar em evidência nesses anos. “Tenho conseguido transformar jogadoras de nível médio em grandes jogadoras, e atacantes nas maiores pontuadoras. Acho que conquistei todos esses títulos pelo meu jeito de ser, pela perseverança. Mas não sou mágica. É tudo fruto de muito trabalho, de querer ganhar tudo e perseguir isso”, declara, mandando um último recado: “Devo jogar mais uma temporada”.


Valeskinha também tem consciência da dificuldade desses jogos decisivos. “Temos que entrar para jogar e ponto, independentemente de quem vai estar do outro lado. Ninguém quer perder. É momento de concentração, confiança, determinação e atenção, tudo redobrado. Quem errar menos vai levar. Nossa equipe está mais coesa e mais ajustada em relação àquela que foi derrotada duas vezes pelo Rexona-Ades na fase de classificação. Agora, tudo começa do zero, é outra etapa”, analisa.

A meio-de-rede do Finasa/Osasco aparece em primeiro lugar no ranking de dois fundamentos da Superliga: no bloqueio, com 33,18% de eficiência, e na defesa (47,37%). “Terminei como a melhor bloqueadora nas duas últimas edições da Superliga. Tenho facilidade por participar mais do jogo no meio da rede. Já a defesa nunca foi meu forte. É uma alegria para mim estar na frente. Sinal de que me aperfeiçoei”, vibra Valeskinha, que diz não ligar para estatísticas ao falar sobre sua seqüência nas finais. “É como se fosse minha primeira decisão”.

No final, Valeskinha elogiou Fernanda, hoje novamente sua adversária. “Já fomos campeãs juntas, já nos enfrentamos numa outra final… É uma jogadora de liderança, que sempre comanda sua equipe e sabe ler o jogo. Mas se ela estiver bem e as outras não, de nada adianta. O Finasa/Osasco não tem nada a dever. Serão jogos muito difíceis, uma verdadeira pauleira”, diz. Alguém duvida?

EQUIPES

REXONA-ADES – Fernanda Venturini, Leila, Sassá, Jaqueline, Kátia e Fabiana. Líbero: Ricarda.Técnico: Bernardinho

FINASA/OSASCO – Carol, Bia, Érika, Mari, Valeskinha e Carol Gattaz. Líbero: Arlene.Técnico: José Roberto Guimarães

Fonte: CBV

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