Vôlei de Quadra
Publicado 11 de março de 2005
CompartilharRio de Janeiro – Na primeira partida das semifinais da Superliga feminina de vôlei 04/05, o experiente time do Finasa/Osasco (SP) mostrou à jovem equipe do MRV/Minas (MG) toda sua força, construindo uma tranqüila vitória por 3 sets a 0. Neste domingo (13.03), às 12h, no ginásio Juscelino Kubitschek, em Belo Horizonte, as equipes voltam a se enfrentar e os donos da casa garantem que a história agora será diferente.
Como as semifinais acontecem em séries melhor de cinco, caso o Finasa/Osasco volte a vencer, ficaria a apenas mais uma vitória da final. Daí a importância de o MRV/Minas voltar a apresentar um voleibol à altura das suas tradições. Tanto que foram os dois times que decidiram as três últimas edições da Superliga, com os mineiros sagrando-se campeões nas duas primeiras (01/02 e 02/03) e os paulistas levando o título na última (03/04).
Emmanuel Arnaut, técnico do MRV/Minas, fala sobre o que aconteceu no primeiro jogo e o que precisa mudar. “O desafio é grande. Vencer o Finasa/Osasco não é fácil. Só acho que a equipe precisa jogar mais solta. Erramos muito porque a maioria das atletas nunca jogou uma Superliga e sentiu isso. Chegamos onde gostaríamos de ter chegado e temos também de curtir o momento, com cada uma jogando o que sabe. Não adianta ficar travada”, diz Manu.
Apesar das dificuldades, Manu está confiante num bom resultado neste domingo. “A expectativa é boa para o jogo. Fizemos uma boa primeira fase classificatória, mas o rendimento caiu na segunda. Espero que nosso jogo reapareça agora. É difícil dar a cara à tapa com um grupo jovem nas mãos. Mas, num futuro bem próximo, elas estarão colhendo os frutos, podem ter certeza”, garante.
O técnico do Finasa/Osasco, José Roberto Guimarães, tem a consciência de que este segundo jogo das semifinais será bem diferente do primeiro. “Acho que o MRV/Minas não jogou o que podia. Elas se apresentaram bem abaixo do que vinham jogando. Mas nós também tivemos uma boa atuação. Erramos pouco. E o sistema defensivo funcionou, assim como o saque. Em Belo Horizonte, será mais complicado”, afirma Zé Roberto.
No entanto, Zé Roberto sabe que será a partida mais importante da equipe na Superliga até aqui. “É um jogo-chave, tão importante quanto foi o primeiro. Só que, vencendo, ficaríamos a uma vitória da classificação à final, e jogando em casa. Precisamos manter o nível de jogo, a concentração e a agressividade, do jeito como a gente vem treinando. A vitória nos deu ainda mais força para atingirmos nosso grande objetivo”, declara Zé Roberto.
PAULA, UM EXEMPLO A SER SEGUIDO POR TODAS NO MRV/MINAS
No jogo em Osasco (SP), o MRV/Minas perdia a partida por 2 sets a 0, parciais de 25/13 e 25/12. No terceiro set, quando o time já era derrotado por 8 a 3, o técnico Emmanuel Arnaut foi obrigado a fazer uma alteração. A meio-de-rede Edneia acabara de torcer o tornozelo direito após um bloqueio. Paula, que ainda não havia entrado em quadra, deixou o banco e acabou dando um novo ânimo à equipe, mudando por alguns instantes o rumo do jogo.
Foi justamente o momento em que o MRV/Minas conseguiu equilibrar forças na partida. Tanto que a equipe encostou no placar, chegando a estar perdendo por apenas um ponto: 10 a 9. “Ficou mais fácil para mim porque fiquei os dois primeiros sets do lado de fora e fiz uma leitura do jogo. A Carol, por exemplo, estava virando várias bolas de segunda. Entrei bem solta para contribuir e, naquele momento, nosso saque também passou a encaixar”, relata Paula.
O técnico Emmanuel Arnaut admite que o rendimento da equipe passou a ser outro com a entrada de Paula. “Ela entrou ainda mais descompromissada, mais solta. Não foi uma surpresa, porque ela já havia entrado bem também em outros jogos”, comenta Manu, que espera ter a titular Edneia no domingo. “Nem imagino não contar com ela. Preciso de todo o grupo neste momento”, completa.
Zé Roberto, técnico do Finasa/Osasco, foi outro que falou do crescimento do MRV/Minas quando Paula entrou em quadra. “O time todo subiu de produção naquele momento e se animou em quadra. A Paula entrou e foi logo fazendo um ponto de bloqueio em cima da Carol. Em seguida, virou uma bola na saída de rede. Ela é uma boa jogadora, da geração da Jaqueline (Rexona-Ades) e da Ana Cristina (Finasa/Osasco)”, avalia.
Todos esses elogios deixam Paula orgulhosa. “Isso me motiva, com certeza. Acredito que podemos vencer o Finasa/Osasco, que tem jogadoras mais experientes. Temos de respeitá-las por tudo que já fizeram, mas não podemos nos intimidar. Erramos demais no primeiro jogo e precisamos diminuir isso”, diz. “Nosso potencial de ataque e bloqueio é muito bom”, lembra Paula, que completa 23 anos no próximo dia 20.
EQUIPES
MRV/MINAS – Bel, Joyce, Fernanda Garay, Soninha, Thaisa e Edneia (Paula). Líbero: Verê.Técnico: Emmanuel Arnaut.
FINASA/OSASCO – Carol, Bia, Érika, Mari, Valeskinha e Carol Gattaz. Líbero: Arlene.Técnico: José Roberto Guimarães.
Fonte: CBV
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