Federação Paulista de Volleyball

FPV

Mundial de Vôlei de Praia: duplas brasileiras avançam

18 set 2008



Fonte: ReUnion Press


 


Nesta quinta, tem início a disputa da chave principal masculina


 


Guarujá – Quem joga em casa, sempre leva vantagem. Pelo menos, é o que todos dizem. E as brasileiras fizeram valer essa vantagem no primeiro dia de disputas da 16ª etapa da temporada 2008 do Circuito Mundial de Vôlei de Praia / SWATCH FIVB World Tour, nesta quarta-feira (dia 17), na praia da Enseada, em Guarujá (SP). As oito duplas nacionais avançaram para a 3ª rodada da competição, que será realizada nesta quinta-feira (18), a partir das 9 horas.


 


As líderes do ranking Ana Paula e Shelda (bye na primeira rodada) tiveram que vencer apenas um jogo contra as austríacas Rimser / Jirak, que surpreenderam as experientes Sandra Pires e Leila na 1ª rodada, ganhando por 2 sets a 0. As novatas também dificultaram a vida da dupla número 1 do mundo e só perderam no tie-break (2 sets a 1 – 19-21, 21-7 e 16-14). Apesar da derrota, Sandra e Leila (bye na terceira rodada), voltam à quadra nesta quinta, enfrentando as suíças Zumkehr/Graessli.


 


Depois de vencerem o duelo verde-amarelo da 1ª rodada – quando bateram Taiana / Elize por 2 sets a 0 -, Renata e Talita voltaram a ganhar e passaram pelas alemãs Lehmann / Sude também por 2 sets a 0 (21-13 e 21-16). A derrota para as compatriotas não desanimou Taiana / Elize, que venceram na 2ª rodada as austríacas Gschweidl e Hansel (2 sets a 0 – 21-16 e 23-21).


 


Larissa e sua nova parceira, Vivian, não jogaram a 1ª rodada, depois da desistência da dinamarquesa Vestergaard, que forma dupla com Andreasen. A jogadora queixou-se de dores na região da canela esquerda, gerada por uma possível inflamação no tendão. Na 2ª rodada, mais um duelo verde-amarelo, e Larissa e Vivian superaram Maria Elisa e Val por 2 sets a 0 (21-12 e 21-18). Mas, como venceram as norte-americanas Lombardi / Valeriano na 1ª rodada, Maria Elisa e Val também seguem na competição.


 


Shaylyn e Agatha venceram as duas partidas do dia. Ganharam o primeiro jogo (2 x 1 contra as canadenses Lessard-Martin) e o segundo (2 x 1 contra as alemãs Holtwick-Semmler).


 


À tarde, Maria Clara e Carol – vencedoras da última etapa do Circuito Mundial há duas semanas na Polônia e bye na 1ª rodada – derrotaram as suíças Zumkehr e Graessli.


 


As brasileiras naturalizadas georgianas Cristine e Andrezza também tiveram 100% de aproveitamento no primeiro dia, vencendo as duas partidas por 2 sets a 0 contra as polonesas Brzostek/Sowala e as suecas Lundqvist e Ljungquist.


 


O sol voltou a aparecer esta tarde na praia da Enseada, trazendo expectativa de tempo melhor em Guarujá. Nesta quinta, além da seqüência do torneio feminino, começa a disputa da 17ª etapa do evento masculino.


 


Declarações:


 


Ana Paula e Shelda


 


Shelda: “É muito bacana estar no Brasil, estou muito feliz. Nosso objetivo nesta etapa é conquistar o circuito e essa vitória ao lado da Ana Paula me deixaria muito feliz. Somos a dupla feminina mais velha em quadra e é muito bom ver que ainda jogamos de igual para igual com a molecada que está chegando. Os jogos serão sempre difíceis”.


 


Ana Paula: “Programamos a temporada para tentar ganhar no Brasil. Já que não conseguimos ir para as Olimpíadas e brigar por uma medalha, queremos muito essa vitória em casa. Foi um ano bastante desgastante e queremos encerrá-lo aqui no Brasil, podendo não ir às últimas três etapas. Vencer aqui seria perfeito”.


 


Renata e Talita


 


Renata: “Para quem estava sem ritmo, foi muito bom. A gente deu uma parada depois das Olimpíadas e fez apenas três treinos até hoje. Estávamos praticamente de folga, fomos bem, e até brinquei com o treinador que se continuarmos assim é melhor não treinar mais. O nosso objetivo é chegar na final”


 


Talita: “Apesar da parada depois dos Jogos, nós treinamos forte por mais de um ano e o entrosamento compensou a falta de treino. Foi surpresa ter sido tão fácil”


 


Larissa e Vivian


 


Larissa: “Estou satisfeita com o novo desafio e motivada para me superar. Estou me divertindo e curtindo muito esse momento e essa nova experiência de passar tudo o que aprendi nesses 6 anos de vôlei. Aliás, também estou aprendendo a jogar de um jeito diferente e agora tenho de colher os frutos desse aprendizado para estar melhor quando voltar a jogar com a Juliana. A Vivian é uma menina muito fácil de lidar e que está sugando muito de mim e o Reis (técnico) está conseguindo tirar o máximo dela”


 


Vivian: “Competir ao lado da Larissa é realmente uma honra para mim, pois eu a considero uma das principais jogadoras de vôlei da atualidade, no Brasil. Ela está me ensinando muito e eu estou me esforçando para ser uma aluna bastante aplicada”.


 


Maria Clara e Carol


 


Carol: “Ganhamos a última etapa, mas cada torneio é uma história. A vitória foi importante, mas já passou, nem lembro (risos). É bom jogar em casa. A estréia foi difícil e como choveu nos últimos dias não conseguimos treinar e não podemos nos dar ao luxo disso. Essa dupla (Zumkehr-Graessli) é nova, mas elas vêm melhorando a cada etapa.”


 


Maria Clara: “Não jogamos bem. Foi difícil encaixar o jogo, porque não conhecíamos muito a dupla e ficamos experimentando em quem sacar. Mas estreamos com vitória e agora vamos tentar jogar melhor amanhã”.


 


Agatha e Shaylyn


 


Agatha: “A segunda vitória foi especial, pois vínhamos de duas derrotas para elas (Holtwick e Semmler) e entramos com muita garra. O balanço do primeiro dia foi positivo, mas já estamos pensando em amanhã”


 


Shaylyn: “Não fomos bem na primeira partida. Acho que, além da pressão normal da estréia, sentimos falta de ritmo de jogo, pois estamos apenas treinando há algum tempo. Ainda bem que pegamos uma dupla que não tinha entrosamento. Na segunda partida, estávamos mais à vontade e entramos muito motivadas para ganhar delas (Holtwick e Semmler)”


 


Sandra Pires e Leila


 


Leila: “Estamos há 2 ou 3 meses sem disputar partidas pelo mundial e senti um pouco o ritmo de jogo. Cometemos erros nítidos de passe e ataque e acho que esses pontos nos prejudicaram no jogo”.


 


Sandra Pires: “Não conhecia a dupla austríaca, mas peguei algumas informações com outras brasileiras que já haviam jogado com ela. Não jogamos bem. Não fizemos a nossa parte então elas começaram a crescer na partida. Erramos muito, principalmente na virada de bola, que hoje em dia é o que nivela o jogo. É muito bom voltar a Guarujá, jogar em casa, rever toda a galera que envolve essa competição. Senti a ausência de muitas duplas que estão no topo do ranking, mas final de temporada é normal, é uma oportunidade para as mais novas. Vou torcer para o tempo melhorar, pois a chuva dificulta um pouco e a areia fica mais dura”.


 


Maria Elisa e Val


 


Maria Elisa: “Jogar no Brasil é um alívio. Ficamos quatro meses fora então estar em casa, com a família e os amigos é realmente muito bom. O primeiro jogo foi fácil, pois estamos em um momento muito forte. Foi muito bom para começar”.


 


Val: “O jogo foi fácil, mas temos que ter em mente que os torneios do campeonato mundial são sempre bastante difíceis. É muito bom estar em casa”.


 


A etapa brasileira é uma realização das empresas RB2 Eventos e ReUnion Sports & Marketing, em parceria com a CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) e a Cidade de Guarujá.


 


Único evento da modalidade a tomar medidas efetivas para a redução de GEE (Gases do Efeito Estufa), o Circuito Mundial de Vôlei de Praia em Guarujá tem o patrocínio master de Banco do Brasil e Kia Motors do Brasil, e patrocínio de Telefônica, Vivo, CNA, BrasilPrev, TAM e Skol.


 

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