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São Paulo – A rivalidade entre BCN/Osasco e Açúcar União/São Caetano está marcada definitivamente no Campeonato Paulista Feminino de Vôlei. Pela terceira vez consecutiva, os dois times farão a final do principal torneio estadual do País. A série melhor-de-três começa neste domingo, às 20h30, no Ginásio Milton Feijão, em São Caetano.

Nos dois anos anteriores, com diversas jogadoras de seleção brasileira, como Virna e Fernanda Venturini, o time de Osasco não deu chances ao adversário. Agora, na opinião dos técnicos das duas equipes, a disputa promete muito mais equilíbrio.

O Açúcar União/São Caetano entra na decisão com o moral elevado. Na semifinal diante do Pinheiros/Blue Life, o time do ABC se recuperou após perder a primeira partida. Venceu os dois jogos seguintes em casa e conseguiu a classificação. Para o técnico William Carvalho, as jogadoras souberam usar o mau resultado para subir de produção.

“O time cresceu na hora certa, e ainda está crescendo. Uma classificação como a nossa, revertendo um resultado negativo, fortalece o grupo. Acho que cada um dos finalistas tem 50% de chances de chegar ao título, os dois estão equilibrados. Estamos totalmente voltados para o BCN, treinando para tentar anular o sistema de jogo delas”, analisa William, que não tem dúvidas para escalar a equipe.

Por sua vez, o técnico Paulo Coco, do BCN/Osasco, ganhou um problema no treino da última terça-feira. A atacante Mari, que vinha sendo o principal destaque da equipe, sofreu uma entorse no pulso direito e não sabe se vai poder jogar na primeira partida das finais.

Mesmo assim, garante Coco, o time de Osasco tem boas opções para substituir a jogadora. As juvenis Deyse e Nikolle são as candidatas à vaga de Mari, caso ela não possa mesmo jogar. Além da atacante, as principais ausências do clássico são Fernanda Venturini, Érika, Bia, Paula e Valeskinha, do BCN, e Walewska, do São Caetano, todas disputando a Copa do Mundo pela seleção brasileira, no Japão.

“Temos algumas opções e elas estão sendo estudadas. Acredito que ainda exista possibilidade de recuperar a Mari para este jogo. Organismo de atleta é diferenciado. A Verê (líbero da equipe), por exemplo, torceu o tornozelo nos Jogos Abertos e voltou na semana seguinte. Não é uma lesão simples, mas a Mari pode voltar”, espera Paulo Coco.

Sobre a decisão, o treinador acredita que o equilíbrio deve ser a marca dos jogos. Na fase de classificação, São Caetano e BCN se enfrentaram duas vezes, com uma vitória para cada lado. A derrota para o time do ABC foi a única do bicampeão no torneio.

“Acho que, mesmo com a final repetida, esse tem sido um dos Paulistas mais equilibrados dos últimos anos. Todos os semifinalistas tinham totais condições de chegar ao título. Os jogos vêm sendo decididos apenas nos últimos pontos de cada set, e na decisão não deverá ser diferente”, analisa.

Na decisão, o São Caetano tenta repetir o único título que conquistou, em 1975. Por sua vez, o BCN/Osasco busca o pentacampeonato no principal torneio estadual do País. A equipe venceu a competição em 1994, 1996, 2001 e 2002.

A segunda partida das finais do Campeonato Paulista está marcada para a próxima quarta-feira, dia 5, às 18h, no Ginásio José Liberatti, em Osasco. O terceiro jogo, caso seja necessário, também será no Ginásio do BCN, no próximo sábado, dia 8, às 18h15.

Milton Alves, José Eduardo Martins e Fábio Fleury

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